Acionada pela Manaus Ambiental, a Delegacia de Combate a Furtos de Energia, Água, Gás e Serviços de Telecomunicações (DECFS),  flagrou uma ligação  clandestina  na Fametro - Faculdade Metropolitana de Manaus, localizada na avenida Constantino Nery, bairro Chapada.  Toda a água consumida na obra  de reforma e ampliação da instituição de ensino era furtada.

Segundo o coordenador de fiscalização da Manaus Ambiental, Francisco Assis, por meio de uma denúncia anônima foi verificada durante a vistoria técnica, que todas as ligações existentes no sistema da concessionária, relacionadas a FAMETRO estavam cortadas ou suprimidas. “Então constatamos uma reforma no estacionamento da faculdade e encontramos uma ligação clandestina interligada na rede geral da concessionária. Essa ligação já havia sido cortada ano passado e a FAMETRO religou de forma clandestina”, relatou o coordenador.

 A Delegacia Especializada em Combate a Furtos de Energia, Água, Gás e Serviços de Telecomunicações (DECFS), por meio do Delegado Alfredo Dabella, realizou uma blitz e notificou o coordenador administrativo da FAMETRO, Gilson Vasques Rodrigues, além do engenheiro da obra, Rafael Mota. “Eles foram notificados para prestar declarações na delegacia na manhã desta quarta-feira (08)”, esclareceu o delegado.

A concessionária está avaliando o prejuízo gerado pelo furto de água da Faculdade FAMETRO e durante qual período ele ocorreu. De acordo com o gerente de faturamento da Manaus Ambiental, José Carlos Almeida, ainda não se sabe o valor total, mas estima-se que sejam milhões de reais. “Por mês o prejuízo é estimado ao abastecimento de seis mil pessoas, equivalente ao conjunto Eldorado, na Zona Centro Sul de Manaus”, finalizou o gerente da concessionária.

A ação policial   foi coordenada pelo  Delegado Alfredo Dabella. As investigações tiveram início, a partir de uma denúncia registrada por representantes da   Manaus Ambiental. A cocnessionária onstatou após fiscalização de rotina, uma ligação clandestina no local.  

“Em face da denúncia de que neste local estaria ocorrendo furto de água diretamente da rede pública, nós instauramos o inquérito policial, requisitamos a perícia, e hoje estamos averiguando o fato. Diante das circunstâncias, comprovamos o delito. Os responsáveis pelo prédio e pela obra foram notificados a comparecer na delegacia  para iniciarmos as oitivas, e assim detectarmos os responsáveis pelo desvio”,disse o delegado Dabella.

  “A Delegacia foi criada com o objetivo de apurar esse tipo de crime, porque causa danos à sociedade. A água que estava sendo desviada falta em algum lugar da cidade, e bem provavelmente, na casa dos consumidores próximos a esta faculdade”, disse ainda o delegado. 

O coordenador de fiscalização da concessionária Manaus Ambiental, Francisco de Assis Souza, explicou como a fraude foi detectada pelos técnicos da empresa.

“Todas as ligações que abasteciam a faculdade no sistema da Manaus Ambiental estão cortadas e suprimidas, com isso subentendemos que não deveria haver água no local. Em uma vistoria de rotina nas ligações cortadas da faculdade, observamos que na obra que está sendo executada, havia um grande fluxo de água, por meio de uma das ligações clandestinas. Esse tipo de prática delituosa pode causar infiltrações capazes de contaminar a rede, além de diminuir a pressão no abastecimento das casas adjacentes”, informou o coordenador.