Praga devastadora faz Adaf proibir transporte de cacau e cupuaçu no Amazonas
Manaus/AM - A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) proibiu nesta segunda-feira (26), o transporte do cacau, do cupuaçu e de outras frutas oriundas dos municípios de Benjamin e Constant e Tabatinga para os demais municípios amazonenses e para restante do país.
A medida está na portaria 393, do último dia 21, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). O motivo é a proliferação de uma praga que atacado esses frutos e destruído plantações inteiras nessas cidades.
A proibição tem o objetivo de conter o avanço da praga para outras cidades. “Estamos trabalhando com educação sanitária para conscientizar a população a não pegar frutos dessas áreas e não transportar esses materiais, para que a praga não se espalhe para outras localidades”, explica o gerente de Defesa Vegetal da Adaf, Sivandro Campos.
A monilíase do cacaueiro é uma doença devastadora que afeta vegetais dos gêneros Theobroma e Herrania, como o cacau e o cupuaçu, causando perdas de até 100% da produção de frutos e, consequentemente, a redução da renda do agricultor.
A detecção do primeiro foco da praga, no Amazonas, foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no dia 17 de novembro, e aconteceu durante ações de monitoramento realizadas por uma equipe de técnicos do ministério, com o apoio da Adaf, em Tabatinga.
No dia 21 de novembro, o Mapa publicou portaria proibindo o trânsito de materiais vegetais das espécies hospedeiras oriundas dessas áreas para as demais unidades da federação. Agora, com a restrição imposta pela Adaf, o trânsito também fica proibido dentro do Amazonas.
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