Projeto de R$ 2,3 milhões financia equipamento para oxigenar sangue
Manaus/AM - A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) ampliou o financiamento de projetos de PD&I, com recursos não reembolsáveis, relacionados ao combate da covid-19. O modelo tradicional da instituição, que arca com até 1/3 do valor dos projetos, foi flexibilizado e, a partir de agora, o estímulo será maior e avaliado de acordo com a necessidade de cada proposta.
O primeiro projeto com financiamento flexibilizado já está em curso. O Instituto Eldorado (Unidade Embrapii), que opera em Manaus, e a empresa Braile vão desenvolver equipamento para auxiliar o tratamento dos pacientes que sofrem de insuficiência respiratória aguda, condição causada em casos graves do novo vírus.
A Embrapii arcará com R$ 1,15 milhão, o que representa metade do valor do projeto, orçado em R$ 2,3 milhões. Os recursos aplicados pela Embrapii não precisarão ser reembolsados pela empresa Braile.
O Instituto será responsável pela coordenação do desenvolvimento dos componentes eletrônicos e computacionais, enquanto a empresa produzirá a mecânica e os insumos descartáveis utilizados no equipamento.
Entenda a solução tecnológica
O tratamento consiste na Oxigenação por Membrana Extracorpórea, ECMO em inglês, uma forma de respiração extracorporal, que oxigena e remove o gás carbônico (CO2) diretamente do sangue. Ela será utilizada como suporte ao tratamento mecânico, oferecendo ao paciente um “pulmão auxiliar”, que funciona por meio de um equipamento composto por um circuito padrão, no qual o sangue das veias é removido do paciente, bombeado até um oxigenador e depois devolvido ao corpo por meio de uma artéria ou uma veia.
Embora já exista no exterior equipamentos com estas funcionalidades, a tecnologia é pioneira no Brasil e trará maior eficiência, aprimorando os procedimentos médicos a custos mais baixos. A produção será 100% nacional.
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