Manaus/AM - Contratos da Susam referentes à compra de ventiladores pulmonares para equipar hospitais do estado viraram alvo da Operação Apneia na manhã dessa quarta-feira (10), em Manaus. E para prestar esclarecimentos a secretária de Saúde Simone Papaiz realizou uma coletiva onde garantiu que nenhum abuso será encontrado neles:

“Foi levada uma ata de preços para respiradores e outros itens que são essenciais para atender a pandemia. Quanto à questão se há ou não uma possibilidade de alguém ser preso, não há essa nenhuma possibilidade. O processo administrativo para aquisição transcorreu dentro do que é previsto em lei”.

O secretário-executivo Marcellus Campelo explicou que os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Susam e levaram dois processos e também HDs que continham informações geradas por antigos servidores da instituição.

Ele esclareceu que não houve prisões e nenhum funcionários foi ouvido, e que a polícia esteve no prédio apenas para cumprir os mandados de busca e apreensão.

Questionada sobre o processo de compras de equipamentos hospitalares envolver uma empresa de vinhos, Papaiz destacou:

“Vamos desconstruir essa nomenclatura do nome fantasia da empresa: todo processo administrativo tramita basedado no que o CNPJ da empresa está habilitado pra venda. O nome fantasia não descarta a possibilidade de atividades secundárias da empresa. Ela está habilitada e é previsto no CNPJ dela o fornecimento de equipamentos entre outros itens hospitalares. Então não houve uma compra de um empresa que não era habilitada para a venda do produto”.

Sobre os preços dos ventiladores, que teriam custado 316% a mais que o valor de mercado, Simone explica:

“Não houve sobrepreço, o que há não só no estado do Amazonas foi o desequilíbrio do mercado para esses equipamentos (…). O valor que era praticado antes da pandemia é totalmente diferente agora na pandemia isso aconteceu em todo o Brasil”, pontuou.