Fani Pacheco participou do Superpop da segunda-feira, 11, e soltou o verbo sobre o Big Brother Brasil. A ex-bbb vai processar a Rede Globo por ter tirado seus remédios antidepressivos durante o reality show, e acabou revelando umas “coisinhas a mais” que segundo ela, acontecem nos bastidores no reality, favorecendo a alguns participantes.

À Luciana Gimenez, ela contou que tomou a decisão de processar a emissora após assistir à sua história se repetindo na pele de Ana Paula, da edição mais recente. A jornalista teve surtos no programa do qual acabou expulsa após dar um tapa em Renan, enquanto estava bêbada. 

"Eu vi aquela menina sofrendo e eu falei 'não quero mais isso, vou levantar essa causa de algum jeito'. Se eu ganhar dinheiro, ótimo, se não ganhar, tudo bem. Eu estou aqui falando e, com certeza, ajudando milhões de pessoas que têm depressão e estão em casa com vergonha de irem ao psiquiatra, porque vão ser chamadas de loucas", afirmou.  "Eu acho que sem a medicação é desumano, quando [a doença] é crônica".

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Fani revelou que a produção do programa passa informações externas para os confinados. O fato é algo que muitos internautas já desconfiavam, mas que teoricamente não deveria acontecer, pois a ideia do programa é que os participantes não saibam de nada do que está acontecendo fora da casa, nem sobre seu desempenho com o público. 

"Existiam coisas que nem sei se eu podia contar, porque esqueci de perguntar para o meu advogado, mas vou falar. Existem coisas que acontecem nos bastidores, pelo menos comigo, que te incentivam a continuar no programa. Tipo você estar no espelho se olhando e alguém lá atrás se comunicar com você. Contar que você está indo muito bem. Falar: 'Continua aí, que o povo te ama. Isso não está no regulamento."

A ex-participante do BBB 7, que ainda voltou para o BBB 13, assumiu que não sabe dos riscos que processar a emissora podem acarretar em  sua vida, cortando completamente seu contato com a emissora que a lançou à fama.

"Eu acho que isso é um risco grande, de 99%. Mas, eu não pensei nisso. Pensei no que estava sentindo. Eu não sou uma pessoa que pensa muito no futuro. Eu penso no que estou sentindo no momento e que a vida é hoje. Se eu não fizer o que eu estou sentindo hoje e não representar as pessoas que sentem o que eu sinto, ninguém vai fazer".

Nas redes sociais, Fani anda falando muito sobre o assunto das doenças no cérebro, como depressão, estresse e ansiedade. Em conversa com o Uol na última semana, ela já havia afirmado que a Globo colocou sua vida em risco ao lhe tirar os remédios.  "O médico da Globo ligou para o meu, disseram que ia dar a medicação, mas não deram. Deram um confete rosa lá pra fingir que estavam dando alguma coisa, não tinha nada a ver com o meu remédio", contou.

Para Fani, a falta da medicação a prejudicou no jogo:

"Se você deixar e não fizer tratamento, pode levar ao suicídio. Ou seja, colocaram minha vida em risco. Minha mãe era esquizofrênica, ainda é um mistério na medicina se a esquizofrenia é hereditário ou não. Eu tenho 50% dos genes da minha mãe. Como vão brincar com a minha saúde?, desabafa. "Quero que isso seja visto pelas pessoas como uma causa muito grave. O povo não trata como doença e a Globo também não trata. Por que eu fiz isso? Ou entrava com uma ação indenizatória ou eu fazia uma denúncia ao Ministério Público por crime, no caso. E uma vez feito uma denúncia no Ministério Público, eu não poderia voltar atrás e seria pegar pesado. Isso tem que partir do juiz. É o início de um processo. Pode acontecer muita coisa", disse.