Cachorros urinando sangue e cães mortos em freezer são encontrados em casa de ex-presidente de ONG
Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil para apurar a suspeita de maus-tratos a animais que vivem em um imóvel em Niterói, no Rio de Janeiro, na casa que pertencia à antiga presidente da Suipa (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais). Ela morreu em 2016 e deixou o imóvel para a ONG.
Segundo as denúncias, viveriam ali cachorros em situação de maus-tratos, urinando sangue e há vários dias sem comida ou água, além de cães mortos acumulados no freezer da casa. Havia também uma arara e um macaco. Conforme a agência O Globo, um inquérito foi aberto após as denúncias, mas quando a polícia foi ao local, tudo estava limpo. O policial descobriu que a limpeza havia sido feita na véspera.
A denunciante, presidente de uma ONG de proteção animal, também apresentou notícia-crime na Justiça e informou que ao entrar em contato com um funcionário da Suipa, ele informou que os animais ficam sem comida porque a ração fica trancada dentro de um cômodo, e que a limpeza não é frequente, por isso eles ficam entre as próprias fezes e urina.
Em resposta ao jornal Extra, Marcelo Marques, atual presidente da Suipa, negou as denúncias e alegou que ainda mantém uma equipe da ONG no local. " Ali não é uma unidade da Suipa, mas sim a casa da antiga presidente. No falecimento dela, a Suipa passou a cuidar desses animais. O que está acontecendo é que um funcionário que não está satisfeito com algumas regras resolveu denúncias. A Suipa está funcionando há 77 anos, cuidando dos animais, e nada disso procede", afirmou, apesar das fotos que mostram a situação degradante em que os animais são deixados.
"Os envolvidos devem ser ouvidos nos próximos dias. É uma questão de saúde pública", afirmou o delegado Bruno Gilaberte, que disse que todos os envolvidos serão chamados a prestar depoimento.
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