The Hives, que salvou o rock'n'roll, lança single e anuncia seu novo álbum
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A banda sueca The Hives aportou novamente no Brasil, no início deste mês, mas desta vez não foi para tocar hits como "Hate to Say I Told You So" ou "Tick Tick Boom", mas sim para lançar um novo single e anunciar seu sétimo álbum, que chegará às lojas no final de agosto.

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"É uma coleção de músicas inéditas do Hives, nunca ouvidas antes, com exceção de talvez uma ou duas", explica, em entrevista, o vocalista Howlin' Pelle Almqvist.
"Algumas são bem antigas. Tem um riff no disco que tem uns dez anos ou algo assim". O álbum é produzido por Produzido por Pelle Gunnerfeldt, que já trabalhou com a banda, e Mike D, dos Beastie Boys.
"Enough Is Enough", o single, é um rock poderoso, com energia punk, exatamente na mesma linha que tornou a banda famosa em todo o mundo na virada do milênio. Guitarras bem altas, bateria estrondosa e letras gritadas com rimas adolescentes: "Todo mundo é um pouco sacana/ E estou ficando farto disso".
Ou seja, ótima notícia para os fãs, que já podem conferir a canção nas plataformas, enquanto aguardam o disco completo, "The Hives Forever Forever The Hives", em 29 de agosto.
"O público por aqui sempre foi muito legal conosco", diz o baterista Chris Dangerous, entre um cigarro e outro. "Passamos muito tempo no trânsito, mas também muitas vezes comemos muito bem e conhecemos pessoas interessantes".
Pelle complementa: "Quando vim para a América Latina pela primeira vez, era um mundo completamente diferente. Vindo do norte da Suécia, da Escandinávia, é tão diferente. É legal ver um pouco de selva de vez em quando se você vem de uma montanha gelada".
Os Hives estão vestidos como reizinhos das fábulas da Idade Média na capa do novo trabalho, com coroas e mantos em preto e branco, as cores que eles usam desde que estrearam, em 1997.
Eles vêm, afinal, de um país com monarquia, como a Inglaterra. Mas diferentemente do Reino Unido, a Suécia não leva seus monarcas a rainha Silvia tem mãe brasileira tão a sério.
"A maioria dos suecos pensa: por que a monarquia ainda existe?", diz Pelle. "Eles não têm nenhum poder real. É só um bando de gente famosa". Chris completa: "Na sociedade muito igualitária da Suécia, não somos muito impressionados por pessoas famosas ou algo assim".
Apesar do ceticismo em relação à instituição real, os músicos fazem uma ressalva sobre a rainha: "Ela faz muito trabalho de caridade e coisas assim. Acho que é muito querida", admite Pelle.
Mas logo retoma o tom crítico: "Ninguém acha importante ter uma monarquia... além das abelhas [trocadilho com 'hives', que significa colmeias]. Mas nós só temos poder sobre um domínio muito pequeno, que é o rock and roll".
Pelle lembra da época em que The Hives dividiam a cena com bandas como The Strokes e White Stripes: "Eu me lembro da primeira vez que ouvi aquele disco dos Strokes, 'Modern Age'. Decidi que vou amar essa banda para sempre, não importa o que eles façam".
"Somos muito amigos do Jack White", diz Chris. "Sempre que estamos na cidade e vamos vê-lo, fazer coisas divertidas e jogar boliche na casa dele ou algo assim."
Os músicos falaram sobre suas influências adolescentes: "Era muito punk americano. Tipo, Dead Kennedys e Misfits e outras bandas", revela Chris. "E também tinha rock and roll dos anos 1950, tipo Little Richard, e Yardbirds, dos 1960".
E, falando em punk, o grupo também ganhou um elogio de peso: "Joe Strummer disse que o The Hives salvou o rock and roll", revelou o vocalista, lembrando de uma conversa que tiveram com o lendário vocalista do Clash nos bastidores de um show em Nova York.
"Ele veio até mim e falou: 'Quero muito te agradecer por salvar o rock and roll'. Foi como se eu tivesse sido condecorado cavaleiro", contou, rindo da simplicidade daquele momento marcante.
THE HIVES FOREVER FOREVER THE HIVES
- Quando 29/8/2025
- Onde plataformas de streaming
- Autoria The Hives

ASSUNTOS: Arte e Cultura