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'Silvio veio com uma missão: trazer alegria', diz Faustão

Por Folha de São Paulo

19/08/2024 8h45 — em
Arte e Cultura



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Duas vezes por semana, Faustão faz hemodiálise (procedimento rotineiro a quem tem insuficiência renal) no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Foi lá que morreu Silvio Santos no último sábado (17), em decorrência de uma broncopneumonia.

Fausto Silva sabia que o colega estava internado na mesma instituição, mas não o visitou.

"Eu sabia da situação do Silvio, mas não visitei para não incomodá-lo", explicou ele ao Fantástico neste domingo (18). "Quando você está hospitalizado, você não quer que as pessoas fiquem indo lá, já basta a família dele, que é grande. Quando estive internado, também não quis visita", justificou.

Sobre o colega, com quem passou décadas disputando a audiência dos domingos, Faustão se derramou em elogios e respeito.

"Ele foi o verdadeiro rei da TV brasileira", disse. "Silvio veio com uma missão: trazer alegria. E também a missão do empreendedorismo. Quantas pessoas ele ajudou. Ele entrou em campo no jogo da vida, ganhou, perdeu, empatou, mas foi ativo o tempo todo", falou Faustão.

"Ele deixa um legado imenso, não só pelo que fez na televisão, mas pela história dele, pela vida que ele teve, as dificuldades que passou. Eu tive oportunidades, estudei em bons colégios, fiz faculdade. Ele, com 14 anos, vendia canetas. Enfrentou dificuldades e preconceito. Na época, o preconceito contra judeus era muito grande", falou.

Faustão, que passou mais de 30 anos na Globo, não aparecia na emissora desde 2021. Em janeiro de 2022 ele estreou na Band, mas precisou se afastar cerca de um ano depois, por problemas de saúde. Questionado por Renata Ceribelli se tem vontade de voltar ao trabalho, foi evasivo: "Temos muitos apresentadores competentes, o Luciano Huck, Rodrigo Faro, Marcos Mion", listou.

Com dois órgãos transplantados, o rim e o coração, Faustão afirmou na entrevista que está se cuidando com fisioterapia e ginástica, além das sessões de diálise, que fazem parte de seu tratamento.

"Estou com o coração de um atleta de 35 anos, mas tem que cuidar da lataria", brincou. "Nunca fumei, nunca bebi, não bebo nem licor, nem cerveja, nada, e nunca usei droga. Caí na malha fina e tive que fazer transplante. Se eu mereci voltar, isso é uma grande responsabilidade", falou.

Além do sentimento por Silvio, o apresentador lamentou a perda recente de Caçulinha, morto no último dia 5. O músico tocou em seu programa na Globo por mais de 20 anos.


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