*Nicácio da Silva

 “É a história cuja apresentação

ultrapassa o presente, não

com relação aos tempo,

mas ao espírito” -

Hegel

Se levarmos em conta os fatos ligados à sua história, o Brasil não deixa de ser um país marcado, analogia bíblica , como uma nova Canaã, terra onde mana leite e mel, ou seja, a terra prometida, por ser um único território cuja ocupação foi precedida de sinais e peregrinos, que ansiavam por uma terra abençoada, assegurada por promessas divinas.

Tudo começa com a partilha referendada pelo Tratado de Tordesilhas e sacramentada pela bula papal de Júlio II, que tinha poderes celestiais. De lá para cá, a Terra Brasilis têm vários posseiros de nacionalidades diversas, que portam bandeiras que os identificam como senhores absolutos das riquezas tupiniquins.

Contudo, há de se considerar que se trata de transferência, patrimonial, social e política.  Nossa vocação sempre foi de integrar raças e conceitos diferentes em um convívio harmonioso, no qual a miscigenação sempre será o  nosso traço marcante e desarmado espiritualmente tornando nossa Nação um caso singular na história mundial.

Na realidade, temos que admitir que moramos em um paraíso perdido, com muitas riquezas a serem exploradas e que a cada dois anos renovamos a procuração da representatividade, com a única certeza o de sermos explorados, por alguns gananciosos políticos, que visam tão somente, locupletar-se.

Contrastando com esta estada tranquila da democracia que vivemos fora as nódoas expostas das falcatruas nos cofres públicos, em que a fotografia social é estarrecedora, principalmente entre os jovens vitimados pelas drogas, hospitais sucateados, presídios superlotados, crianças e adolescentes vendidos, o saneamento básico inexistente, ainda assim somos uma Nação predestinada a eventos premonitórios, cumprindo assim os desígnios de Deus, profetizada por Dom Bosco.

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