Filho nega ter mandado matar dentista e irmã por venda de casa
Manaus/AM - Glaucio Luiz Antony Barros, 29, conhecido como Neto, foi preso no último domingo (19) suspeito de participar do homicídio do pai, o dentista Francisco Ferreira, 72, e da irmã, Glaucia Rayssa Antony Barros, 25. O crime ocorreu no dia 16 deste mês na casa onde as vítimas moravam no município de Coari.
João Oliveira dos Santos, o “Joãozinho”, e Kaisoney Pena da Silva, o “Neyzinho”, 21, também estão presos por envolvimento no duplo homicídio.
Ele desembarcou em Manaus acompanhado pela Polícia Civil por volta das 10h15 nesta terça-feira (21). Segundo o delegado Juan Valério, Glaucio foi trazido para a capital para evitar qualquer tipo de atentado uma vez que o crime causou revolta na cidade.
O Glaucio disse que não conhece “Joãozinho” e que vai provar sua inocência. Mas o delegado contou que as investigações mostram que ele contratou Neyzinho por R$ 5 mil para executar o crime simulando ser um assalto.
Neyzinho, por sua vez, chamou João para participar do homicídio. Ainda de acordo com o delegado, a ordem era para matar apenas o pai, mas a irmã estava na casa no momento e também foi morta.
Segundo a polícia, pai e filho não tinham bom relacionamento e Neto - que era adotado - costumava extorquir o dentista se dizendo rejeitado em relação aos demais irmãos.
Apesar de Glaucio não ter confessado o crime, a polícia acredita que o motivo tenha sido a venda de uma casa no valor aproximado de R$ 85 mil. Francisco já havia recebido parte do dinheiro do imóvel e usaria para pagar os estudos de Rayssa, outra parte seria para um outro filho e Neto ficaria com uma quantia menor, o que resultou em uma discussão entre eles dias antes do crime.
A polícia chegou até Glaucio após a prisão de João na sexta-feira (17) após ser reconhecido por câmeras de segurança. Ele contou à polícia que Neto foi o mandante do crime que terminou no duplo homicídio.
O trio foi indiciado por homicídio qualificado. Joãozinho e Neyzinho estão na unidade prisional de Coari e Glaucio foi trazido para Manaus onde ficará temporariamente na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs).
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ASSUNTOS: assassinato, coari, DENTISTA, Policial