Assédio ou flerte? Nunca se debateu tanto as duas temáticas quanto nos dias de hoje. Escândalos envolvendo grandes produtores de Hollywood e grandes empresários têm apimentado ainda mais a discussão e colocado uma nova lente sobre assunto que tem como vítima, na maioria das vezes, as mulheres. Mas a grande pergunta é como identificar a diferença do flerte para um assédio.
Segundo a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde, o flerte é um processo natural da paquera que geralmente inclui “cantadas” gentis e investida cuidadosa, nesse caso,  há uma interação das duas partes, onde um corresponde ao outro. O assédio, por sua vez, é o contrário, significa uma perseguição insistente, importunação, constrangimento e se desenvolve a partir da recusa do outro em aceitar o “não”. O indivíduo não aceita a possibilidade de rejeição e tenta impor uma condição de autoridade diante do outro.

Ela explica que há várias formas de assédio e que elas se definem quando há um desequilíbrio entre as partes que pode ser financeiro, emocional ou social. Por isso, é fundamental que em um processo de paquera fique bem claro os limites do outro e a sua disposição em respeitá-lo. 
Sarah Lopes lembra ainda que, se você conhece alguém que pratica assédio, esse tipo de atitude não se deve deixar passar, mas alertar sobre o quanto pode ser prejudicial.

“Ao permitir que este assédio se prolongue, a situação pode perder o controle. Ainda assim, não existem razões para que este tipo de conduta seja levado adiante. Caso o indivíduo seja realmente amigo, deverá compreender a sua negativa e respeitar a sua decisão”, ressalta a psicóloga.