Pai faz despedida emocionante para brasileiro morto por ataque de tubarão nos EUA
RIO — Morto após um ataque de tubarão na baía de Cape Cod, em parque nacional de Massachussets, nos Estados Unidos, o brasileiro Arthur Medici, de 26 anos, recebeu uma homenagem do pai nas redes sociais. Itamar Medici publicou uma série de imagens do filho, da infância à vida adulta, e destacou que agora "nada mais faz sentido".
"Filho... Você me deixou! Estou sem chão e sem vontade de viver. Agora nada tem significado pra mim, pois esse Deus me tirou a razão do meu viver e minhas lágrimas estão secando. Estava lutando pra te dar tudo e agora.... para quem vai ficar o que estava guardando para você? Não tenho vontade mais da vida, pois nada mais faz sentido... Eu te amo por toda a eternidade!", frisou Itamar, em postagem no Facebook.
Arthur Medici foi mordido por um tubarão no parque nacional Newcomb Hollow Beaching, na tarde do último sábado. Ele chegou a ser levado de ambulância para o hospital de Cade Cod, mas não resistiu aos ferimentos. Os guardas do parque e a polícia de Wellfleet investigam o incidente. A suspeita é de que o brasileira tenha sido atacado por um tubarão branco.
"Nós estamos profundamente entristecidos por esse evento trágico e enviamos condolências à família Medici", destacou o superintendente do Cape Cod National Seashore, Brian Carlstrom.
Estudante de Engenharia, Arthur vivia nos Estados Unidos há quatro anos, mas mantinha relação próxima com a família que residia no Brasil. O brasileiro estava noivo de uma estudante de Medicina. Os parentes criaram uma vaquinha online para pedir ajuda nos custos do translado do corpo, que irá até Boston antes de ser transportado a Vitória, no Espírito Santo, sua terra natal.
Em menos de um dia, a família bateu a meta do custeio: conseguiu arrecadar US$ 25.385 (R$ 105,9 mil) para organizar a despedida.
"Arthur era um jovem homem muito feliz. Ele amava a vida, era membro ativo da Igreja Cristã, dedicava sua vida ao Senhor. Ele amava trilhas, bicicleta, surfe e vários outros esportes. Nunca havia tempo ruim para ele. Ele estava sempre alegre e disposto a ajudar os outros, até dando de comer a moradores de rua. Nossas vidas nunca mais serão as mesmas sem ele. Sua risada preenchia o lar", destacou a família na descrição da vaquinha.
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