Confira os três casos mais chocantes do programa Linha Direta
Quem nasceu nos anos 90, com certeza deve lembrar de algum episódio do programa Linha Direta. Muito popular, o programa teve exibição desde o início dos anos 2000 até 2007. Marcado pelas apresentações de Marcelo Rezende e Domingos Meirelles, não tinha “cristão”que não se arrepiasse ao saber que tal bandido ainda estava solto.
Quase 500 criminosos foram presos com a ajuda do programa. Abaixo, confira três casos que causaram rebuliço na época em que foram exibidos.
1 - Edifício Joelma
Um trágico incêndio no Edifício Joelma, que agora se chama Edifício Praça da Bandeira, matou 191 pessoas e deixou outras 300 feridas.A história do incêndio é cercada de superstições. A tragédia iniciou com um curto circuito em um ar-condicionado. Existem até relatos de eventos sobrenaturais após acidente, como sumiço de cadáveres das fotos que a perícia tirou depois do ocorrido e de que pessoas escutam gritos no cemitério onde cadáveres foram enterrados. Alguns sugerem que o edifício tenha sido amaldiçoado, como o fato dele ter sido construído no local onde antigamente era um pelourinho, ou o caso do assassinato de um homem que assassinou mãe e irmãs no mesmo prédio.
2. Bandido da Luz Vermelha
No dia 7 de dezembro de 2006 foi ao ar O Bandido da Luz Vermelha, contando a história do lendário criminoso que aterrorizou a população de São Paulo na década de 1960. João Acácio Pereira da Costa ganhou o apelido por sua “marca”, que era carregar uma lanterna de luz avermelhada, usada para amedrontar suas vítimas.
Os primeiros ataques do Bandido da Luz Vermelha chamaram a atenção pela ausência de violência física. Ele entrava nas casas de famílias ricas, rendia as vítimas e roubava principalmente jóias. Em alguns casos, deixava até bilhetes para que as vítimas estivessem vestidas no ‘próximo assalto’. Porém, a “gentileza” não durou muito tempo.
Até ser preso, em 1967, no Paraná, o Bandido da Luz Vermelha teria cometido 77 assaltos, dois homicídios, dois latrocínios e sete tentativas de morte. Calcula-se que ele tenha estuprado mais de 100 mulheres. As vítimas nunca deram queixa. Condenado a 351 anos de prisão, ele chegou a receber flores e bilhetes apaixonados das vítimas de estupro. Depois de cumprir os 30 anos de prisão previstos na Constituição – dos quais os sete últimos foram passados em um manicômio – foi libertado no final de 1997, embora ainda demonstrasse sinais de sérios problemas psiquiátricos.
3. Césio 137
Em agosto de 2007, o Linha Direta Justiça abordou um dos maiores acidentes radiológicos em área urbana do mundo: a contaminação pelo metal Césio 137, em 1987, em Goiânia. O acidente perde apenas para dois ocorridos na União Soviética, um deles, é Chernobyl.
A contaminação começou quando os catadores Vagner e Roberto encontraram em um prédio abandonado (onde funcionava uma clínica médica), o que acharam ser uma placa de chumbo. O material, na verdade, era uma bomba de Césio 137 utilizada em tratamentos com radioterapia que pode causar câncer e outros malefícios.
Segundo dados da Associação das Vítimas do Césio 137, 104 pessoas morreram e 1.600 foram afetadas pela radioatividade até 2012, 25 anos após o acidente.
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