Governo e Banco da Amazônia assinam acordo para impulsionar negócios no Amazonas
O Banco da Amazônia (Basa) anunciou nesta quinta-feira, 25, a previsão de investimentos de R$ 771,9 milhões para financiar a atividade econômica no Estado. O anuncio foi feito durante o Encontro de Negócio e Perspectivas para 2016 do Basa, realizado na sede do Governo do Amazonas, ocasião em que o governador José Melo e o presidente da instituição, Marivaldo Melo, assinaram um protocolo de intenções com a finalidade de impulsionar a aplicação desses recurso que podem atingir até R$ 1 bilhão em 2016.
O protocolo entre o banco e o Governo prevê a mobilização e a integração das classes produtivas e demais parceiros institucionais para a utilização dos valores disponíveis no Plano de Aplicação de Recursos do Banco da Amazônia 2016. O trabalho conjunto prevê, ainda, contribuir com a estruturação e o fortalecimento dos aglomerados econômicos, arranjos produtivos locais e as cadeias produtivas do Estado e criar iniciativas que reduzam as desigualdades locais.
Para o Governo do Estado, as medidas do protocolo corroboram com o fortalecimento das ações direcionadas ao setor primário, mantidas através do Plano Safra Amazonas. O programa foi lançado pelo governador José Melo no ano passado com investimentos da ordem de R$ 362 milhões para o setor primário, atendendo cerca de oito mil produtores em várias frentes, do assessoramento e extensão rural ao fomento.
Caberá ao Banco atuar de acordo com as políticas dos Governos Federal e Estadual, apoiar o fortalecimento do associativismo e do cooperativismo de produção do meio rural, agroindustrial e industrial e assegurar recursos para financiar o investimento, custeio e capital de giro.
Já ao Governo Estadual caberá potencializar o agronegócio, promovendo a inserção da produção familiar nos mercados, bem como os setores industriais e de serviços, a partir da expansão de atividades de maior demanda de mão de obra, intensificando a geração de emprego e renda. E ainda assegurar e disponibilizar os serviços de assistência técnica e extensão rural do Estado e garantir recursos financeiros para melhorar e expandir a infraestrutura econômica básica em áreas prioritárias.
O Banco da Amazônia tem disponível para aplicar no Amazonas neste ano R$ 771,9 milhões, sendo R$ 642,2 milhões de créditos de fomento e R$ 129,7 milhões de créditos da carteira comercial da organização. Os valores de fomento são originários do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), sendo R$ 54,34 milhões em apoio ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e R$ 104,4 milhões para as micro e pequenas empresas.
Segundo o Plano de Aplicação de Recursos Financeiros do banco para o ano de 2016, as prioridades econômicas para financiamento estão voltadas para três eixos estratégicos. O primeiro contempla os projetos sustentáveis prioritários para os Estados da Amazônia Legal, que valorizem as potencialidades locais e, ao mesmo tempo, promovam a melhoria da qualidade de vida da população, a inclusão social e a redução das desigualdades intra e interregionais. O segundo e o terceiro eixos dizem respeito às oportunidades de investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões e microrregiões dos Estados e os arranjos produtivos locais (APLs) prioritários nessas localidades.
Entre os projetos sustentáveis prioritários para o Amazonas estão o de construção naval, que beneficiará os municípios de Manaus, Itacoatiara, São Sebastião do Uatumã, Barcelos, Iranduba Novo Airão e Manacapuru, por meio da aquisição de grupos geradores e instalações elétricas, de ativos imobilizados para infraestrutura de produção e aquisição de financiamento para produção de bens finais. Em todo o Estado serão beneficiados os projetos de produção de pesca e piscicultura através de ações que vão desde a construção de tanques à construção de fábricas de gelo e de unidades de beneficiamento e estocagem de pescado.
Nos últimos cinco anos, o Banco da Amazônia aplicou no Estado do Amazonas R$ 3,5 bilhões em créditos de fomento, sendo que, desse total, R$ 3 bilhões foram para financiamentos de atividades dos setores não rurais, com destaque para o desenvolvimento da indústria, do comércio e do setor de serviços, com aporte de R$ 2,2 bilhões. Foram destinados, ainda, R$ 436,2 milhões para a agricultura familiar, R$ 338,9 milhões para as micro e pequenas empresas e R$ 74,8 milhões para a agropecuária.
Os recursos do Banco da Amazônia trazem benefícios socioeconômicos para o Amazonas. Em 2015, por exemplo, o impacto sobre o valor bruto da produção (VBP), ou seja, tudo que foi gerado de riqueza no Estado, chegou a R$ 1,6 bilhão. Já sobre o Produto Interno Bruto (PIB) estadual, o impacto no ano passado foi de R$ 926 milhões. Os tributos gerados a partir das operações realizadas chegaram a R$ 261 milhões e foram mais de 30 mil empregos gerados e R$ 210 milhões em salários.
Segundo dados do Banco Central, a participação do Banco da Amazônia no crédito de fomento, no Amazonas, é de 63,72%, e as 12 agências da instituição representam 7,45% de toda a rede de agências do Estado. O atendimento do banco cobre 100% dos municípios. Os recursos investidos serviram para potencializar as atividades realizadas por empreendedores individuais, além de mini, micros, pequenas, médias e grandes empresas locais.
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