Compartilhe este texto

Amazonino e Braga ainda não perceberam que são adversários


Por Raimundo de Holanda

16/09/2022 20h50 — em
Bastidores da Política



Amazonino Mendes e Eduardo Braga escolheram precocemente  o inimigo e se uniram em torno de sua desconstrução. Podem não ter firmado uma aliança - nem poderiam pois são potenciais adversários  no primeiro turno. Mas o fato de armarem estratégias idênticas para atacar o governador Wilson Lima aponta para uma certa miopia, como se entendessem a busca pelo poder como um jogo de cegos, no qual os competidores usam vendas e se movimentam pelos sentidos.

O problema é a escandalosa falta de percepção de que eles - e não Wilson Lima - são adversários e em algum momento terão que mudar o jogo. O vencedor certamente disputará o segundo turno.

É pouco compreensível que as estratégias de  campanha dos dois candidatos sejam tão semelhantes - como se  tivessem adentrado em um mundo que não existe.

Obviamente que querem, mas de forma equivocada,  construir um canal de poder, mas é onde seus interesses não se misturam neste momento. Insistir nessa estratégia é suicídio para o lado mais vulnerável, porém  melhor colocado nas pesquisas.

Será inevitável, na reta final da campanha, uma mudança nessa estratégia, uma alteração na posição dos canhões. Ou Amazonino "fere de morte Braga," ou "Braga fere de morte Amazonino". Portanto, o erro das duas campanhas atualmente é não perceber que  um é a pedra no caminho do outro. Ou Braga, com sua experiência em minar adversários, já não teria percebido isso? 

Amazonino precisa estar atento  porque em algum momento sofrerá de Braga um ataque inesperado, com o avanço de suas defesas, especialmente em Manaus.

Como já disse neste mesmo espaço em outras ocasiões, o arsenal contra o governador Wilson Lima é grande. Mas é para ser usado no segundo turno.

Siga-nos no


Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.