O crescimento do candidato Roberto Cidade (União Brasil), nas pesquisas de intenção de votos é explicada pelo apoio ostensivo do governador Wilson Lima, mas a queda em ritmo acelerado do também candidato Amom Mandel  surpreende por ter mantido, durante a pré-campanha, um índice muito próximo do primeiro colocado, o prefeito de Manaus, David Almeida.

A pesada estrutura do governo influencia no crescimento de Cidade, mas a queda de Amom está no estilo, na abordagem superficial de temas complexos, como segurança e corrupção, numa linguagem agressiva e em algum casos chula, que desfigura a imagem do garoto que buscava sonhos, que compartilhava  esperança com o público jovem em 2020, quando disputou a Câmara de Vereadores, e 2022, quando obteve mais de 300 mil votos para deputado federal.

Amom ainda está no páreo, mas se perder o segundo lugar e ficar fora do segundo turno estará perdendo, também, por mais precoce que alguns entendam essa projeção, a reeleição em 2026 para deputado federal.

Mas tudo está perdido para Amom? Evidentemente que não. O que está errada é a campanha,  que se melhorada pode reduzir o poder dos candidatos mais abastados.

O que está errada é a estratégia de campanha, com grupos no seu entorno forçando-o a ser o que não é: um político antigo, com vícios - como o de ser o dono da verdade e o mais honesto dos homens.

Amom, para continuar competitivo, tem que olhar para 2020, quando concorreu à Câmara de Vereadores, e 2022, quando se elegeu deputado federal apenas com uma frase: "Beba água"