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Andanças de políticos e o objeto do desejo


Por Raimundo de Holanda

28/11/2023 21h05 — em
Bastidores da Política


  • Ganância, hipocrisia, oportunismo predominam nas companhas eleitorais e acabam envenenando os cidadãos.
  • O dano provocado na autoestima dos eleitores é imenso, mas só quantificado no ano seguinte. Se eleitos, os políticos cuidam de formar gabinetes, de criar privilégios para o pequeno grupo de financiadores e abandonam os bairros, a cidade. São especialistas em cuidarem de si mesmos…

Vem aí mais uma eleição e os políticos estão nas ruas, na tv, nos becos, fingindo sorrir, abraçando gente que consideram mal cheirosa, mas tampam o nariz e distribuem beijos.

Apontam erros, disseminam veneno. Sequer compartilham responsabilidades. Atribuem o mal a terceiros. O cinismo está presente. Produzem o espetáculo do oportunismo, das promessas que duram até a eleição. 

O dano provocado na autoestima dos eleitores  é imenso, mas só quantificado no ano seguinte. Se eleitos, cuidam de formar gabinetes, de criar privilégios para o pequeno grupo de financiadores e abandonam os bairros, a cidade. 

Na prática, as pré campanhas e campanhas  são um show de desprezo pela verdade e uma cegueira que não vê acertos. O adversário é sempre o inimigo a ser destruído.  

Ganância, hipocrisia, oportunismo predominam  e acabam envenenando o eleitor. Aliás, é esse o objetivo: destruir reputações e corromper a percepção  do eleitorado sobre a realidade e que ele é parte das mudanças quando vota consciente.

Na criação de um mundo distópico - onde todos se sintam vítimas  - eles alimentam o protesto e o medo. 

No final, terão os votos  que desejam., não importando se o eleitor, combalido, vencido, tornou-se escravo do medo que eles plantaram.

Tenho horror a essa gente que apenas se multiplica a cada eleição., corrompendo a fé e destruindo a esperança de pessoas que  ingenuamente apostam em mudanças - mudanças que nunca experimentam porque cedem a mentiras. É quando percebem que erraram, que foram vítimas inocentes dessa legião  de pequenos demônios.

Os amazonenses estão sempre de portas abertas e disso se aproveitam os oportunistas que fazem da política um negócio entre amigos.

A questão é como identificar essa gente horrorosa, encontrar  os bons, os que têm boas  intenções e lutam por  uma cidade melhor. Não é fácil, mas tente olhar nos olhos deles. A maioria não resiste e baixa a cabeça….

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ASSUNTOS: campanha eleitoral, eleições 2024, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.