A tendência de antecipar a polarização da disputa pela prefeitura de Manaus se acentua a cada dia, com a exposição do deputado Amom Mandel como o nome capaz de enfrentar o prefeito David Almeida. O espaço dado a Amom por parte da mídia  confere ao parlamentar uma visibilidade  negada a outros  virtuais candidatos. Não que Amom não faça por merecer essa exposição - afinal tem se dedicado a isso -  mas os meios de comunicação não podem revelar preferências, nem excluir aqueles que pleiteam entrar na disputa pela chefia do executivo municipal.  

Nada contra Amom, a não ser o hábito ruim de ter uma carreira política que começa por meio mandato na Câmara de Vereadores, logo eleito deputado federal. Uma eventual disputa pela prefeitura de Manaus, caso vença, repetirá o feito de deixar pela metade o mandato no Congresso Nacional. E a disputa de 2026, para o governo? Amom, eventualmente eleito prefeito, abandonaria o cargo para disputar a sucessão do Governador Wilson Lima, caso tivesse idade pra isso? Mas tem ambições e até lá o limite de idade pode ser alterado pelo Congresso.

Tudo isso são suposições. Chegar a comandar a Prefeitura de Manaus  exige de qualquer postulante”beber água”e muita água, driblar interesses dos partidos e se consolidar como candidato. É preciso um partido para chamar de seu, o que muitos postulantes não têm e acabam atropelados em negócios  no mercado de venda e troca de partidos.

Amom é muito jovem e é compreensível o desejo de chegar à prefeitura de Manaus, talvez ao governo, mas não pode comprometer sua carreira política pela pressa, como homem de meio mandato.  

Nem tem um partido para chamar de seu. Muito jovem, precisa estar atento a certas armadilhas, a manipulações e bajulações que muitas vezes resultam em exclusão e frustrações…