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‘Bandido bom é bandido morto’. Não concorda? ‘Leva para casa'


Por Raimundo de Holanda

30/10/2019 22h22 — em
Bastidores da Política



Foram muitas as manifestações de apoio a operação policial que matou 17 supostos membros da facção Família do Norte. E foi repetida milhares de vezes a frase: “bandido bom é bandido morto”. Estava aí o termômetro de um sentimento coletivo. A sociedade viu na “intervenção técnica” da Polícia, como definiu simploriamente o secretário de Segurança, coronel Bonates, a medida saneadora para um problema recorrente de segurança. Mas essa é uma visão equivocada. Violência produz violência. E o suposto confronto PM, Família do Norte e CV , com 17 mortos apenas de um lado reforça a ideia de que os supostos criminosos não atiraram ou se atiraram  erraram, porque não há vestígios sequer de bala nos carros da polícia.

É verdade que a sociedade anseia por se livrar de quem a ameaça, especialmente criminosos ligados ao tráfico de drogas, mas o que houve nesta quarta-feira foi uma chacina.

Não se esperava e nem é  desejo de ninguém, que policiais sejam feridos ou morram em conflitos, mas é natural que numa guerra de facções ou contra elas as perdas sejam grandes  de quaisquer dos lados.

A resposta que se espera do Estado é maior do que  a que foi dada: levar proteção aos cidadãos e não conferir a violência já existente uma sensação de que as coisas apenas podem piorar.

Fotos: Pedro Braga JR/ Portal do Holanda

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ASSUNTOS: 17 mortos em conflito com PM em Manaus, FDN E CV, PM mata 17 bandidos em Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.