Por que é tão difícil dizer Adeus, amigo ?
Primeiro foi essa inesperada mensagem no Grupo de Amigos. Nada tão curto quanto ele imaginava. Durou 90 dias e parece não ter havido um minuto no qual ele não pensou em voltar para casa. Mas seu destino era outro. Perto de 10 horas da manhã desta segunda-feira Guilherme Aloisio foi embora. Sem dizer adeus. O consolo é que ele deixou de sofrer - e este é um estranho alívio para os que o amavam. O visitei no inicio de sua internação, quando ele ainda sorria e tinha esperança de voltar para casa, para o jornal centenário que mantinha como joia da família. Um sonho que agora ficou para o filho Sócrates não deixar morrer.
'Bandidos na TV' e a guerra
das facções no Amazonas
O crime organizado está em guerra há pelo menos 16 anos em Manaus. As três grandes facções que comandam o narcotráfico no país – o PCC, o CV e a FDN - disputam o privilégio de dominar a rota amazônica das drogas.
Homens como Zé Roberto, João Branco e Gerson Carnaúba só encontram adversários entre si mesmos.
Os ‘cabeças’ do crime fizeram suas facções crescerem com estratégias tão audaciosas quanto se deixarem prender para administrar os negócios com segurança de dentro dos presídios.
Durante o processo de sua cassação, o ex-deputado Wallace Souza já profetizara que o crime comandaria o Amazonas. O desleixo dos sucessivos governos deixou o mal se entranhar na sociedade.
A relação acabou se tornando promíscua, como revela o documentário “Bandidos na TV”. E hoje está difícil extirpar as raízes que se entranharam na sociedade e contaminaram agentes públicos.
WILSON NO MURO DAS LAMENTAÇÕES
Na sua visita a Israel, o governador do Amazonas, Wilson Lima, tem visita agendada ao Muro das Lamentações, espaço sagrado do judaísmo e último vestígio do antigo Templo de Herodes.
ASSUNTOS: 'Bandidos a Tv, Amazonas, Família do Norte, fdb, Guelherme Aloisio, netfix, pcc, WALLACE SOUZA
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.