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Bolsonaro abre saco de maldades e mira o Amazonas


Por Raimundo de Holanda

17/06/2019 18h18 — em
Bastidores da Política



Políticos  que ‘puxaram’ votos e se elegeram na onda bolsonarista, agora sabem a cama de pregos que construíram para os amazonenses. Resta saber se ficarão confortáveis deitados nela. 

Deletar a Zona Franca parece ser o exercício preferido do presidente Bolsonaro. Toda vez que surge uma crise nova no governo, ele recorre ao Twitter pra anunciar alguma ‘maldade’ contra o Amazonas. E nem precisa ser nova, as velhas maldades do cardápio podem ser requentadas.

Bolsonaro tenta colocar o Brasil e a Amazônia no furacão do extrativismo econômico voraz. E é insano a ponto de acreditar que liberando as importações irá trazer tecnologia para o país.

Vai abrir mercado para os devoradores de riquezas e gerar emprego e renda em outros continentes. 

O alvo talvez não seja só a Zona Franca, mas ela está no caminho para a invasão exploratória da Amazônia. 

Os resultados não importam a Bolsonaro; importa, sim, servir aos interesses do grande capital, que o colocou no poder a alimenta seus sonhos de absolutismo.

Políticos do Amazonas que ‘puxaram’ votos e se elegeram na onda bolsonarista, agora sabem a cama de pregos que construíram para nós. Resta saber se ficarão confortáveis deitados nela. 

OFENSA AO CONGRESSO E JUDICIÁRIO

'Vossa Excelência, 'criada durante o escândalo do mensalão em 2011 pelosTitãs, está de volta. Particularmente considero a letra uma violência, um ato de terrorismo contra instituições do Estado. (Clique AQUI E OUÇA)

 Mas vivemos num país refém da opinião pública. A música voltou esta semana com toda a força, espalhada maciçamente  pelos aplicativos de mensagens por grupos lavajistas e pro Bolsonaro, curiosamente dois dias antes da ‘visita’ marcada   para a ida de Sérgio Moro ao Congresso Nacional.

Em qualquer paÍs civilizado a música seria banida, por ofender dois Poderes da República e sem os quais não há a garantia de direitos.

Para os  críticos é considerada a grande novidade  da banda, a grande criação. Tanto que parece tão útil agora a grupos que tentam estabelecer uma ditadura a partir de ataques sistemáticos ao Congresso e ao Judiciário.

A letra se presta a amparar  governos autoritários. Não era esse o seu objetivo ao ser lançada em 2011. Mas sua mensagem contém a sementa da suspeita, onde todos são bandidos até prova em contrário,  substância que alimenta  o governo atual.  Por isso vem sendo utilizada por grupos radicais que vêem no Congresso e no Judiciário empecilho para seu projeto de poder total e absoluto.

Esses são tempos difíceis. E ficarão  muito piores, caso o Judiciário e o Legislativo não reajam a altura, não se imponham, não estabeleçam o equilíbrio nessa balança onde o peso do Executivo  é esmagador e coloca em serio risco a democracia e o Estado de Direito.

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ASSUNTOS: Bolsonaro, corrup;cao, Lava Jato, rock, sérgioi moro, STF, titas

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.