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Bateu o desespero. O Rio Madeira secou e ameaça Manaus


Por Raimundo de Holanda

25/09/2023 19h50 — em
Bastidores da Política


  • A seca era previsível. Esse tipo de evento é inevitável, mas a situação poderia ser menos dramática se as autoridades se antecipassem. Entretanto, são “surpreendidas”, apesar do alerta de pesquisadores…
  • “Nunca vimos algo assim. É a pior seca da história”, disse o Governador Wilson Lima. Não precisava ver. Nem surpreender-se. Havia boletins que alertavam para uma estiagem profunda no Madeira, no Rio Negro e afluentes. Lima corre atrás de socorro. Nunca é tarde…

O governo do Amazonas acordou e está pedindo ajuda federal para enfrentar a maior seca da história. O rio Madeira, por onde trafegam balsas carregadas de suprimentos para a indústria da Zona Franca de Manaus  ‘encolheu’, com o trafego noturno paralisado por causa dos bancos de areia. A consequência já pode ser medida pelo número de pessoas atingidas: 130 mil famílias estão isoladas, sem água e sem mantimentos. 

Em Manaus, os principais supermercados temem o desabastecimento de laticínios e carne. O setor industrial ja pensa em férias coletivas prolongadas, à medida que componentes começam a faltar. 

Não é o caos. Ainda. A situação pode ser contornada com ajuda federal para abrir frentes no Rio Madeira, com equipamentos para a dragagem das áreas mais críticas para permitir o tráfego de navios e balsas. Se o socorro demorar, Manaus também ficará isolada

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ASSUNTOS: Amazônia, estiagem, Manaus, rio madeira, rio negro

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.