A influência do atual presidente Lula e do ex-presidente Bolsonaro na eleição de outubro em Manaus não pode ser minimizada sob nenhum aspecto. E pode ser decisiva em eventual segundo turno. 

Ainda é cedo para medir o tamanho dessa influência num eleitorado com maioria à direita, porém com os candidatos com capacidade limitada de cooptar esses eleitores. Mas certamente já estão tendo mais visibilidade que o centrista Amom Mandel, que vem derretendo nas pesquisas, enquanto Alberto Neto (PL) e Roberto Cidade (União Brasil), aparecem num crescendo que, se não bateram ainda  o teto, um deles pode chegar ao segundo turno com o prefeito de Manaus, e candidato à reeleição, David Almeida.

Nos demais municípios, a influência de Lula e Bolsonaro diminui drasticamente, e  passa a ser decisivo o poder do governador Wilson Lima e a estrutura que movimenta, num embate com  os senadores Omar Aziz e Eduardo Braga, que mantêm redutos importantes no interior do Estado.

Como dissemos na coluna de ontem, a eleição deste ano é uma prévia para 2026, quando será escolhido o novo governador e Wilson Lima se afastará do governo para disputar uma vaga no Senado.

Por isso sua determinação em fazer prefeitos, o que preocupa o senador Eduardo Braga, que vai tentar a reeleição.

Apesar de duas vagas que serão abertas  - uma de Braga e outro de Plínio Valério, o senador sabe que será difícil a disputa para se manter a vaga.