Bolsonaro está em Manaus (chegando enquanto a coluna é redigida), mas de pouca valia terá sua presença para impulsionar um candidato que demonstra pouca energia e uma certa inapetência para o poder. Alberto Neto não tem demonstrado a garra de quem procura vencer uma corrida para a qual estava cotado para ser um dos primeiros na linha de chegada. Tinha o apoio perfeito e o combustível necessário para vencer. Não soube até agora fazer uso nem de um nem de outro.

E o tempo ficou curto. Bolsonaro pode operar o milagre de acordar o capitão? É possível...

PESQUISA E FRAUDE

A eleição na sua fase classificatória está perto do fim. Essa é uma disputa atípica, com institutos de pesquisa manipulando números por 30 moedas. Tendências são construídas ao arrepio da opinião dos eleitores e, pior, ganham registro no órgão que organiza a eleição com alertas frequentes para os riscos das fake news, sem olhar o problema que criou. 

Na medida em que aceita o registro de uma pesquisa manipulada, o tribunal valida a fraude.

Lógico que há exceções, mas em Manaus surgiram nos últimos meses uma dezena de institutos que se habilitaram divulgar pesquisa sem uma lógica, sem obedecer a protocolos, sem regras rígidas. E ninguém fez nada para  impedir que  atuassem e divulgassem estatísticas erradas da forma mais dissimulada possível.

Não dá para descartar pesquisas sérias nem colocar todos os institutos no mesmo balaio, mas cabe à justiça eleitoral estabelecer maior rigor para aceitar registros e isso implica em criar um corpo técnico para esse fim.

Ou a bagunça vai continuar e o eleitor será, como sempre, a maior vítima.