Bolsonaro joga gasolina na relação já desgastada da população com a classe política
Bolsonaro não surpreende. Ele sempre foi agressivo nas relações interpessoais. Nunca escondeu seu lado perverso e autoritário. Agora é torcer para que as instituições resistam, os políticos ajam com independência e sem o temor dos que usam as redes sociais para atiçar a população contra eles.
O presidente Jair Bolsonaro sempre tentou imitar Donald Trump. Diferentemente de Bolsonaro, Trump entende que uma democracia é feita a partir de Instituições sólidas que balizam o estado de direito. Entre elas está o Legislativo, onde se concentram os políticos.
Trump trava uma guerra particular com os Democratas e assiste cisões em seu partido, o Republicano. Mas não ataca os políticos, ataca ideias.
Bolsonaro ataca os políticos e atinge em cheio um poder fundamental em uma democracia - o Legislativo.
O presidente passa a ideia de que é impossível governar com o Congresso e joga gasolina na relação já desgastada da população com a classe política.
O que ele quer? Fechar o Congresso Nacional? É o que parece.
Na verdade, Bolsonaro não surpreende. Ele sempre foi agressivo nas relações interpessoais. Nunca escondeu seu lado perverso e autoritário.
Agora é torcer para que as instituições resistam, os políticos ajam com independência e sem o temor dos que usam as redes sociais para atiçar a população contra eles.
Quem tem que subsistir não é Bolsonaro presidente, mas a democracia. É Bolsonaro que tem que se submeter a Constituição. Afinal, foi esse o seu juramento ao tomar posse como presidente do Brasil.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.