Bolsonaro, o capitão que não sabe comandar
- Medidas do capitão, beneficiando os colegas de farda, acabaram estimulando as pms a pressionar os governos estaduais por reajustes de salários, aumentando o caos na segurança...
Em pouco mais de um ano de governo, o presidente Jair Bolsonaro conseguiu semear a cizânia entre seus apoiadores. Medidas do capitão beneficiando os colegas de farda, acabaram estimulando as pms a pressionar os governos estaduais por reajustes de salários.
Ao longo do ano Bolsonaro distribuiu benesses, como a reestruturação da carreira na reforma da Previdência, e agora o bônus da contratação de até 7 mil militares da reserva pelo INSS.
Mas a presença militar no governo logo deixou evidente a influência da ideologia militarista, agregando o corporativismo e o conservadorismo inatos nas Forças Armadas.
Um sentimento que aflora nas forças estaduais, cujo pressão por benefícios iguais vem causando transtornos aos governadores. O próprio governo pode colocar o país em confronto.
O caso do Ceará, onde os pms lideram não uma greve, mas uma rebelião, é o mau exemplo que se pode medir como consequência de ações de um capitão que não tem sabido comandar o País.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.