Bolsonaro retorna forte porque Lula o transformou em vítima
- Bolsonaro tem passivos a resolver - caso das joias “contrabandeadas" da Arábia Saudita, a escandalosa utilização da máquina pública em proveito próprio durante as eleições e outros “delitos administrativos” que estão sendo apurados. Estava a um passo das algemas, mas Lula resolveu transformá-lo em vítima.
O PL tenta fazer banzeiro com o anúncio de que prepara um pedido de impeachment do presidente Lula, às vésperas da chegada ao Brasil do ex-presidente Bolsonaro. Vai dar em nada - ao menos por enquanto - mas Lula precisa deixar de fornecer munição a uma oposição cada vez mais articulada.
Lula ainda não entendeu que agora é o presidente do Brasil, e que mágoas devem ser colocadas em um arquivo, principalmente porque durante a campanha presidencial, prometeu pacificar o País e governar para todos.
Não só não pacificou como está dividindo o Brasil entre nós - Lula, PT, Centrão - e eles, os bolsonaristas radicais e boa parte da população que não é de direita nem de esquerda, apenas espera um mínimo de compromisso de seu governante com os destinos da Nação.
A chegada de Bolsonaro, prevista para esta quinta-feira, poderia não ter a menor importância - porque ao se isolar nos EUA por quase 100 dias, o ex-presidente perdeu seguidores - mas o governo Lula está fazendo tudo para tornar o seu retorno o fato da semana.
A proibição de carreatas em Brasilia e restrição ao acesso ao aeroporto apenas fortalecem a figura do ex-presidente e o argumento de que ele é um perseguido em seu País.
Bolsonaro tem passivos a resolver - caso das joias “contrabandeadas"da Arábia Saudita, a escandalosa utilização da máquina pública em proveito próprio durante as eleições e outros “delitos administrativos” que estão sendo apurados. Estava a um passo das algemas, mas Lula resolveu transformá-lo em vítima.
ASSUNTOS: Bolsonaro, brasília, Impeachment de Lula, Lula, PL
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.