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Bolsonaro será figura chave na eleição deste ano


Por Raimundo de Holanda

06/02/2024 20h11 — em
Bastidores da Política


  • Bolsonaro ainda é ‘o cara’ em Manaus. Mas e se ele for preso pelas malfeitorias praticadas durante o seu governo? A esquerda pode ser tola, mas não é burra. Sabe que isso conferiria ao ex-presidente o papel de vítima e um protagonismo no qual ele seria capaz de influenciar as eleições de dentro de uma cela…

Se imagem do ex-presidente Bolsonaro não derreter até maio - com as denúncias envolvendo o uso da Abin para investigar adversários - ele será figura chave no apoio a um candidato de direita à prefeitura de Manaus.  

Bolsonaro já demonstrou que é vaso ruim, difícil de quebrar. Quanto mais o empurram em direção ao abismo mais se dissemina na sociedade o sentimento de que  ele é vitima de perseguição política. Não é, mas seus adversários, na ânsia de anular seu capital político, o promovem na medida em que não o esquecem.  

O que ninguém entendeu ainda é que a melhor forma de anular Bolsonaro é ignorá-lo. Como a chamada esquerda não é suficientemente inteligente para perceber isso,  o ex-presidente surfa numa popularidade  que em Manaus está em cerca de 60%. O que anima pré candidatos como Alberto Neto e Coronel Menezes, que estudam caminhar juntos para disputar a eleição. 

Para Menezes, que poderá ser o vice de Alberto, um eventual êxito na disputa de outubro próximo o colocará em posição privilegiada para concorrer ao Senado em 2026.  

O fato é que Bolsonaro já assumiu o compromisso de vir a Manaus "vender" a imagem de seus candidatos. Do outro lado, da esquerda tola, a aposta é que o ex-presidente até lá possa ser alvo de prisão. O que seria um lamentável  equívoco. Transformaria de vez o ex-presidente no grande vetor das eleições  deste ano, mesmo atrás das grades. Seria um erro conferir tamanho protagonismo a Bolsonaro…

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ASSUNTOS: Bolsonaro, eleições 2024, Lula, prefeitura de Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.