Na maioria dos estados brasileiros a ‘varredura’ da Lava Jato está abrindo espaço para não políticos disputarem cargos executivos e legislativos em 2018, alguns com possibilidade de êxito.

O descrédito nos profissionais da política se amplia na medida em que as delações premiadas são ‘vazadas’ e as ações penais são encaminhadas à justiça. Esta, porém, parece não ser a realidade aqui no Amazonas, onde os nomes fortes nos grupos políticos conseguem manter-se mais ou menos ‘blindados’ .

E também por não existirem nomes de peso no meio empresarial e outras áreas, os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz continuam no topo da lista dos pretendentes ao governo.

Correndo ‘por fora’ um terceiro nome permanece em estado de ‘dormência’, mas com amplas possibilidades de figurar na cabeça da lista a partir de 2018: o vice-governador Henrique Oliveira. Sua ascensão só depende de uma ‘virada’ do governador José Melo e o lançamento do candidatura do governador ao Senado.

MELO DANDO A VOLTA POR CIMA

O governador José Melo  está mais preparado para ‘dar a volta por cima’  a partir de 2017. Se por um lado o Estado não vai dispor de recursos para investimentos pela via da arrecadação, por outro Melo está de bem com o governo federal, de onde estão vindo os recursos para os grandes investimentos. O governador já disse que o ‘isolamento’ provocado pela crise econômica foi dolorido, mas lhe serviu para avaliar melhor a política e ganhar experiência num campo onde os perigos estão por toda parte.

SERAFIM CONTRA AUMENTO DE PROCURADORES

Contrário ao projeto de lei que reajusta os salários dos membros do Ministério Público do Amazonas, o deputado Serafim Corrêa (PSB) entende que o reajuste é um abuso considerando os níveis salariais de professores e profissionais da área da saúde.

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“O reajuste levará o Estado a uma crise sem precedentes porque os profissionais da saúde e da educação estão sem reajuste há dois anos, enquanto o MP aumenta seus níveis salariais anualmente”, argumenta Serafim.

A DISPUTA PELO COMANDO DA ALEAM

Três deputados anunciaram ontem da tribuna da Assembleia Legislativa suas pré-candidaturas à presidência da casa, cuja eleição está marcada para hoje, a partir das 15 horas. O líder do governo David Almeida fez o anúncio de sua candidatura e ganhou de imediato ‘declaração de voto’ de nove deputados, garantindo ainda que terá outros dois votos de colegas que só vão se manifestar na hora da votação. Correndo numa terceira via ‘híbrida’, o vice-presidente da casa Belarmino Lins também lançou candidatura convocando os deputados a decidirem ‘no voto’. Já o líder da oposição José Ricardo lançou candidatura isolada à presidência sem receber nenhum apoio, mas apresentando uma pauta com 12 propostas para administrar a casa.

RECESSO NO LEGISLATIVO

A última sessão plenária do ano na Assembleia Legislativa será para votação de uma pauta de 25 projetos, entre propostas do Executivo, do MPE e do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O presidente Josué Neto confirmou a pauta logo após a sessão de ontem. A casa entra em recesso legislativo até o dia 2 de fevereiro de 2017, retornando às atividades no dia 3.

REAÇÃO DOS VEREADORES

Depois de terem aprovado na terça-feira a Lei Orçamentária Anual da prefeitura de Manaus e o Plano Plurianual da administração municipal, vereadores da base aliada e da oposição reagiram contra a aprovação de um total de 40% do Orçamento de R$ 4,123 bilhões, como verba de remanejamento pelo prefeito Arthur Neto. O montante é o mesmo dos recursos somados para a Educação (25%) e Saúde (15%), e equivale ao total  destinado  ao pagamento de pessoal.