Campanha eleitoral em Manaus toma o rumo do esgoto
- Os candidatos estão dispensando ouvir seus melhores quadros para se entregar a bajulação de grupos que espalham intrigas, plantam o ódio e estimulam o caos.
- Para mudar Manaus, transformar a cidade em uma metrópole, melhorar a saúde, a educação, a segurança, é necessário respeitar o eleitor. Respeitar e ouvir. Ouvir mais do que falar...
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Já havia feito aqui neste espaço a previsão de que o lado oculto dos candidatos à Prefeitura de Manaus seria exposto da forma mais escandalosa possível. E é o que está ocorrendo. Aparentemente fora de controle, eles olham para a sombra do adversário e esquecem que o eleitor quer ouvir propostas.
É falta de inteligência não perceber que o eleitor é o personagem mais importante nesse palco e que os políticos são meros coadjuvantes em busca de aplauso. Quem tenta inverter esses papéis encerra a carreira de forma melancólica.
É natural que o embate político produza polêmicas e alguns tentem expor a roupa suja (do outro) sem olhar para os próprios erros. Quem não os tem?
No auge da Revolução Francesa, e com o propósito de colocar parte da nobreza na cadeia, o cardeal Richelieu teria dito a seguinte frase, no momento em que a escrita era o único meio de interação entre grupos de pessoas: "Dê-me seis linhas escritas pelo homem mais honesto e vou encontrar algo com o qual possa enforcá-lo".
Imaginem hoje com redes sociais, celulares gravando imagens, com os políticos falando sem pensar, agindo sem pensar e abusando da inteligência dos eleitores. Ficou muito mais fácil pegar o criminoso e o mentiroso. Ou encontrar alguém de boa fé.
Pior, esses políticos dispensam ouvir seus melhores quadros para se entregar a bajulação de grupos que espalham intrigas, plantam o ódio, estimulam o caos.
Para mudar Manaus, transformar a cidade em uma metrópole, melhorar a saúde, a educação, a segurança, é necessário respeitar o eleitor. Respeitar e ouvir. Ouvir mais do que falar...
ASSUNTOS: campanha eleitoral, eleição 2024, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.