A tentativa de intimidação de um traficante ao prefeito David Almeida durante um comício no  bairro Santa Etelvina deve ser tratada com a máxima seriedade. Qualquer comparação entre a reação enérgica do prefeito com o comportamento do ex-deputado Wallace Souza, perseguido pelo governador de então, que tinha comissários que o serviam e uma polícia que chamava de "minha",  não é apenas desproposital. É perigosa. 

Wallace Souza não foi bandido, nem herói, mas um perseguido político.

A realidade atual é outra. David não é apenas um candidato, é uma autoridade. Um prefeito eleito e que representa, enquanto durar seu mandato, a cidade de Manaus. E o governador Wilson Lima pode ter candidato, mas ao contrário do ex-governador que perseguiu os Souza, montou um sistema de segurança para servir a sociedade, não aos seus propósitos pessoais.

Quando David diz que vai encarar  a questão não está se passando por super-herói. Está expondo um problema gravíssimo, que vem sendo atacado pelo sistema de segurança - e repito: a prova está nas  toneladas de drogas apreendidas nos últimos meses. Isso incomoda o crime organizado, que reage ameaçando figuras públicas em campanha.

Em razão disso, nessa época de eleição, em que os candidatos naturalmente se expõem, é necessário aumentar a segurança de cada um deles. 

Independente do que pensem, a corrente que seguem, se de centro, direita ou esquerda, merecem a proteção redobrada do  poder público.