Carta aos amazonenses
Hoje eu queria ser suave. Encontrar a chave do seu coração e descobrir os seus segredos mais íntimos. Compartilhar da sua ansiedade, dos seus sonhos e da sua dor. No fundo tenho a certeza de que somos iguais. Sonhamos os mesmos sonhos, temos os mesmos desejos e as mesmas frustrações. Por isso quando olho no espelho a minha imagem de certa forma reflete a sua.
Mas o que lhe dizer nesse momento crucial para a nossa história, para a sua história, a história da terra onde você vive, já que não encontrei a chave do seu coração ? Que este domingo é um dia especial. O dia em que todos nós vamos usar esse instrumento fabuloso que é o voto na expectativa de que nossa vida vai mudar.
Que somos convocados a fazer uma escolha, com múltiplas repercussões em nossas vidas. E que não se trata de escolher entre o velho e o novo. Mas entre quem sabe mais, tem mais preparo, mais responsabilidade e é amazonense. E aquele que é generoso, afoito mas sem a sabedoria que o momento requer, sem o conhecimento de um Estado diferente daquele de sua origem.
É difícil dizer para você que parece decidido a votar no "novo" que ele não está preparado, nem tem a sabedoria, nem experiência, nem a vivência, nem um compromisso consolidado para comandar de certa forma nossos destinos.
Não tenho a chave do seu coração, mas você pode me ouvir e até discordar. Esse é um direito que ninguém pode tirar de você…
ASSUNTOS: Eleições 2018, m amazonino, Wilson
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.