Caso Flávio Rodrigues e o fato que pode levar a nulidade do processo
Um fato relacionado ao controle, análise e evidência física do local onde supostamente teria sido morto o engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, é a razão de o inquérito sobre o crime ter sido prorrogado. A Polícia trabalha para montar um enorme quebra-cabeça , mas não pode recuperar a “cena do crime”. E isso fragiliza a base do inquérito - que nem chegou a ser concluído - e levar a nulidade de todo o processo.
Quem deveria ter tido o máximo rigor nos procedimentos - colocando a fita amarela com a advertência de “não ultrapasse”, preceito legal de todas as polícias do mundo - esqueceu as lições da academia.
Os militares que chegaram primeiro ao local falharam em não fazer o isolamento da casa de Alejandro Valeiko
Com isso, criaram uma situação controversa na “cena do crime”, prejudicando seriamente o trabalho da perícia e da investigação.
Culpar terceiros pela violação da cena do crime é jogar para a opinião pública e para debaixo do tapete falhas de origem. A admissão de culpa por qualquer dos acusados pode não ser suficiente para sustentar o processo.
Até aqui a Polícia trabalha com suspeitas e avança sobre direitos fundamentais de cinco acusados, sem saber até agora qual deles é de fato o criminoso. Suspeita que quem assumiu o crime não o cometeu, mas não tem elementos probatórios para apresentar com absoluta segurança o culpado ou os culpados.
ASSUNTOS: alejandro valeiko, assassinato, caso do engenheiro flávio, elizabth valeiko
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.