Chega de crianças órfãs, obrigadas a enterrar seus pais tão cedo...
Todo mundo tem o direito de comemorar a chegada do fim de semana, sair com a esposa, os amigos e voltar para casa. Chega de crianças órfãs, obrigadas a enterrar seus pais tão cedo.
Que violência é essa que chega inesperadamente, durante um drink, uma dança, um papo firme?
Que espirito imundo inunda nossas almas a ponto de matar? Sim, cada um de nós pode matar. É essa possibilidade, sempre presente, mais em uns do que em outros, que precisa ser combatida, e fortemente como um projeto de futuro para uma sociedade mais tolerante.
O que ocorreu na madrugada deste sábado na casa noturna Porão do Alemão quase se transforma em um massacre. Se aquela arma na mão de um agente público não travasse, as vítimas poderiam ser dez ou vinte… Estaríamos chorando uma tragédia ainda maior, com marcas profundas em todos nós.
Do caso, fica uma lição para cada um de nós: a violência maior não está nos assaltos, na ação de pequenos, médios e grandes delinquentes que roubam nossas casas, se apossam do nosso patrimônio, se apropriam dos negócios da sociedade. Está em nós mesmos, na nossa raiva incontida, na nossa indiferença com o próximo, no nosso desrespeito ao direito do outro.
E não se resolve isso sem educação, nem do dia para o outro. Deve ser um projeto de sociedade.
Do contrário, veremos essa triste história se repetir mais uma vez. Afinal, o criminoso era um delegado de polícia, com histórico de violência...
OUTRO CASO
Esse episódio faz lembrar um outro caso ocorrido anos atrás, quando um policial atirou em um aluno dentro da antiga Escola Técnica Federal do Amazonas. Fugiu. O crime prescreveu. E sabem onde ele se encontra hoje? Na Polícia.
Depois de 20 anos retornou, fez o ultimo concurso e foi aprovado.
Atualmente processa o Portal do Holanda alegando “direito ao esquecimento”, apenas porque este Portal questionou a facilidade com que um criminoso retorna à corporação de onde havia sido expulso há 20 anos…
ASSUNTOS: Manaus, Morte no Porão do Alemão, Porão do Alemão
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.