Chibatão e Superterminais são porta aberta para o contrabando em Manaus
Os órgãos de fiscalização atuam de forma precária ou mantém postos fechados nas entradas de mercadorias em Manaus. A constatação é do Ministério Público Federal, após inspeção no Porto Chibatão e Superterminais, onde foi encontrado apenas o posto da Receita Federal funcionando precariamente. Sefaz, Ibama e Ipaam não mantinham servidores no local.
O MPF abriu inquérito civil para apurar eventual irregularidade na fiscalização dos órgãos estatais nos portos e vai mensurar "as repercussões para a repressão aos crimes ambientais praticados no Amazonas”. Para o MPF, a ausência de controle facilita o trânsito de mercadorias ilegais.
A decisão de abrir um inquérito civil para investigar eventual omissão dos órgãos de fiscalização indica que a Operação Arquimedes terá novo desdobramento, com mais prisões.
Mas se de um lado há preocupação do órgão federal com crimes ambientais, de outro ficou claro que há uma porta aberta para o contrabando entrar em Manaus, sem que o Estado fiscalize, o que explica, em parte ,a queda na arrecadação nos últimos meses..
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ASSUNTOS: Amazonas, Chibatão, contrabando, Moro, MPF, operação Arquimedes, Operação Lava Jato, superterminais
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.