Chove em Manaus e a tragédia volta com mais força
- O povo - essa parte da sociedade que vota e elege seus representantes - não aguenta mais. E pede socorro...
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Mais um dia de chuva, com as consequências previsíveis: desabamentos, soterramentos, morte, alagações. Tudo o que houve um mês atrás, tudo o que era sabidamente esperado. E o que se fez para mudar esse quadro?
A cidade cresceu horizontalmente, ocupou os morros, os igarapés, os barrancos.
A chuva, tão necessária, se transforma num pesadelo. Ela chega cobrando a fatura pelo lixo jogado nos rios e pelo aterramento dos igarapés.
O problema é que essa fatura é cobrada dos mais pobres, que ganham um abrigo provisório, um caixão patrocinado pelo poder público para as famílias dos que morreram.
Mas esse é um problema que não para. E como não para joga para todos - governos e sociedade - a responsabilidade de repensar o futuro de Manaus, sem as tragédias de agora, sem os prejuízos de agora, sem as lágrima e as lamentações de agora.
O povo - essa parte da sociedade que vota e elege seus representantes - não aguenta mais. E pede socorro...
ASSUNTOS: alagação, Amazonas, desabrigados, Manaus, temporal

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.