Coari sob a lupa do Ministerio Público
INSTITUIÇÃO DEVE EVITAR SER TRANSFORMADA EM MERO INSTRUMENTO DE GRUPOS DE INTERESSE - O Ministério Público do Amazonas está em Coari com um “Grupo de Trabalho" que chama atenção. São cinco promotores e um procurador para olhar com lupa denúncias contra a administração do município. Essa é a função do MP. Por isso mesmo, como instituição voltada para a defesa do interesse público -leia-se Estado ou cidadão - não deve, nem pode escolher quem será fiscalizado, nem quedar-se a interesses políticos que predominam no município.
As longas reportagens em redes de TV, que serviram de base para a formação da força-tarefa ou "Grupo de Trabalho" são claramente manipuladas por grupos antagônicos a administração de Coari. Imiscuir-se nessa confusão é reduzir uma instituição - essencial para a defesa de direitos fundamentais e sociais - a mero instrumento de grupos de interesse.
Não que não se deva investigar denúncias, mas falta ao promotor que atua no município e que aparece na reportagem de tv acusando sem antes apresentar provas contundentes, a necessária impessoalidade. É obsessivamente agressivo, parcial em muitos aspectos. Não pode conduzir a investigação, como determina a Portaria da Procuradora Ieda Mara que criou o grupo de trabalho.
Considerando que os promotores tem autonomia e atuam de forma independente, além de serem irremovíveis, seria medida salutar afastá-lo ao menos da Força-Tarefa, para que o Ministério Público apresente um relatório consubstanciado em provas concretas e sem que dele seja levantada qualquer suspeita.
ASSUNTOS: adail filho, Amazonas, coari, Corrupção, força-tarefa, mp-am
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.