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Congresso Nacional ignora eleitor ao discutir fim de reeleição


Por Raimundo de Holanda

03/03/2024 19h48 — em
Bastidores da Política


  • O fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos, e a extensão de mandatos de parlamentares, que começa a ser discutida no Congresso Nacional, não pode prosperar sem ouvir o eleitor.
  • Mudar as regras do jogo sem uma consulta aos brasileiros é um atentado ao princípio de que democracia "é o governo no qual o povo exerce a soberania e é a fonte do poder político"

O Congresso Nacional quer acabar com a reeleição para presidente, governador e prefeito. Na esteira dessa ideia está a extensão de mandatos - de 4 para 5 anos para cargos executivos. A restrição não se aplicaria a vereadores, deputados e senadores, mas eles ganhariam mais tempo: mandatos de cinco anos para cargos  legislativos, com exceção de senadores, que passariam dos atuais 8 anos para10. 

Uma mamata, que excita a imaginação e as ambições dos congressistas, que precisam combinar com o eleitor, que afinal é quem vota e quem substitui  os maus políticos por piores a cada eleição. Ou o Brasil deixou de ser ou nunca foi uma democracia? 

Seria republicano que o Congresso Nacional  promovesse uma consulta popular sobre as alterações que deseja fazer no sistema eleitoral.

Isso é respeitar o cidadão que vota e que, pelo menos em tese, é o principal artífice de um sistema democrático exatamente porque exercita o poder do voto. Mudar as regras do jogo sem ouvi-lo é um atentado à democracia. 

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ASSUNTOS: Congresso Nacional, eleições 2024, prorrogação de mandatos

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.