Constrangimento na posse da nova diretoria da OAB-Amazonas
A posse de Jean Cleuter na presidência da OAB - Amazonas nesta sexta-feira foi marcada por constrangimento. O governador Wilson Lima, vaiado por um grupo de advogadas, deixou a solenidade antes do seu encerramento oficial. Gritos de genocida e outras ofensas revelaram que ali havia se infiltrado uma claque, com a missão de tirar o brilho do evento e estabelecer uma situação de perplexidade entre as autoridades presentes.
Mas se havia - e houve - a intenção premeditada de utilizar a solenidade de posse da nova diretoria de uma entidade com histórico de defesa da liberdade, inclusive de expressão, para atacar o governador, houve momento de intensa descontração, como da fala do presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, o amazonense Alberto Simonetti, que começou seu discurso cantando “Ouça, isto aqui o que é?’, de Caetano Veloso, surpreendendo e levantando uma bancada de convidados comumente formal e presa a regras protocolares. Mas que cantou, arranhando a voz, cantou…
Nada que apagasse o constrangimento sofrido tanto pela OAB, quanto pelo governador que estava ali como convidado. Não era um ato politico de previsível beligerância. Era um reunião de advogados, educados e que davam posse ao presidente da ordem da qual faziam parte.
Mas nem a OAB está livre daqueles que conspiram, dividem e constrangem.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.