Coronavirus continua matando em Manaus
Faro, 43 anos, começa, no primeiro dia, a tossir. No segundo tem febre e no quarto está com os pulmões comprometidos. No sexto dia morre no hospital Santa Júlia. Causa: Covid 19. Não se vai discutir aqui as falhas no tratamento, a forma imoral com que alguns planos de saúde tratam seus usuários, a precariedade do atendimento hospitalar, mas a forma como o Estado vem encarando um problema de saúde grave: a covid está aí e, muito provavelmente, as subnotificações cresceram.
O Amazonas saiu da faixa vermelha e amarela - apesar do entorno de Manaus apresentar um crescimento de casos.
Rio Preto da Eva, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Careiro da Várzea, Novo Airão e Itacoatiara são Zonas Metropolitanas e “quase” bairros de Manaus. Portanto, pólos que não podem ser separados da contagem da Covid na capital. São partes da cidade, suas economias são um vai-e-vem de pessoas e negócios. Essa gente está morrendo. Manacapuru parece, claramente, o epicentro da epidemia no Estado.
SEM O VERMELHO
Não se deseja pintar o mapa do Amazonas de vermelho. Não se quer isso. O que se defende é a necessidade de ser racionais, de ter responsabilidade com a saúde pública, de dar um salto de qualidade no atendimento da população, com testes em massa para tomar medidas que atendam tanto aos interesses dos empresários quanto dos trabalhadores.
O caso da volta às aulas, sem a aplicação de testes em massa, ao menos em alunos e professores da rede pública estadual é uma irresponsabilidade sem tamanho e com consequências previsíveis…
ASSUNTOS: Amazonas, covid, Manaus
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.