As cotas enterraram o mérito e criaram mais desigualdade
O excesso de cotas para negros, pardos e índios acabou com a inteligência no Brasil. O mérito cedeu lugar a cor da pele. Isso explica por que o país está perdendo seus melhores cérebros. Ninguém concorre mais em condições de igualdade, seja nos concursos públicos, seja nas disputas de poder político.
Essa política, que o governo chama equivocadamente de afirmativa, discrimina não as pessoas brancas, mas quem foi ensinado desde cedo que o empenho, o conhecimento, o esforço em aprender permitem voos mais altos.
Pior, discrimina e abre espaço para o oportunismo. Nas duas últimas eleições candidatos que constavam como brancos mudaram para pardos com o propósito de ganhar o benefício das cotas e dispor de mais recursos para as campanhas.
Não se combate a desigualdade beneficiando uns mais do que outros. Ou são todos iguais, com tratamento igual - como afirma o texto constitucional, ou os governos de esquerda devem assumir que estão rasgando a Constituição do país, produzindo mais desigualdade.
ASSUNTOS: COTAS, indígenas, negros, pardos, política afirmativa
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.