Os artistas regionais estão vivendo o seu maior drama. E fora dos palcos. Sem espetáculo, não exercitam sua arte;  sem público, não conseguem alimentar suas famílias. E este é um problema que vai durar ainda muitos meses. Os festivais de Parintins, Manacapuru, Borba, Maués, Itacoatiara estão saindo  do mapa. São municípios com forte avanço da Covid 19.

O governador Wilson Lima busca saídas, como a ideia de usar a internet.em lives que atingiram um grande público, com os mesmos financiadores dos festivais. Mas a ideia esbarra no fato de que festival é coletivo - reúne  milhares de brincantes, em belas coreografias.  Não se aplicam a transmissões isoladas pela Internet, onde um artista se apresenta e canta sua música, expõe sua arte. Festivais reúnem   temas,  costura de ideias, homens, mulheres e emoções. Tudo é coletivo, unido como se fosse laços, partes  de uma grande engrenagem que não pode ser desmontada porque suas peças isoladamente não funcionam.

Mas há caminhos. O Senado acaba de aprovar a Lei Aldir Blanc, para apoiar   a  cultura em meio a crise do coronavirus. A lei teve forte participação  do senador Eduardo Braga. São recursos que chegarão na ponta - para os artistas, para quem vivia dos festivais e para sobrevivência do que chamamos “nossa cultura”.

O que falta é união em torno de ideias, o que falta  são esses personagem - governador, senadores, deputados, prefeitos, atuarem conjuntamente.  Este é o momento de estender as mãos. Basta de usar os cotovelos para se cumprimentar, para selar acordos em nome da população e da classe artística do Amazonas.