O número de mulheres com crianças de colo nos sinais de trânsito, nas portas de drogarias e supermercados pedindo esmola vem crescendo a cada dia. E a recomendação do poder público é para que não se estimule esse tipo de comportamento. Em outras palavras, não ajudar. Mas esse é um fenômeno crescente e que precisa da ação dos governos - estadual e municipal, especialmente das secretarias criadas para este fim, como as de ação social. 

Fazer uma triagem dessas pessoas, saber de onde vêm e se são beneficiadas com o  Bolsa Família e outros programas do governo, é um passo importante. 

A exposição de crianças, como forma de sensibilizar motoristas, é um problema gravíssimo. De um lado, mostra que a pobreza cresceu exponencialmente em Manaus. De outro, coloca em xeque ações dos governos federal, estadual e municipal destinadas, senão a reduzir a miséria, amenizar o drama de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza.

 Não se deseja nem se recomenda a retirada arbitrária dessas pessoas das ruas para mostrar o falso brilhante de uma cidade fraturada socialmente, com suas desigualdades gritantes. Mas que sejam percebidas, restabelecendo sua autoestima e oferecendo a elas oportunidade de recomeço.