David Almeida dá as cartas para 2026
Por mera sorte ou porque aprendeu com os erros do passado, o prefeito de Manaus, David Almeida, tornou-se peça central de um jogo de poder que começa agora, com as articulações para 2026.
Por mais que flutue em nível de igualdade com os caciques do Estado, está amarrado a ambições e até ressentimentos (ele não esconde a mágoa de ter ficado fora da disputa do pleito tampão de 2017 (com a cassação do então governador José Melo), por causa de divergências com o PSD).
Mas para alcançar seu sonho de poder, depende de articulações, uma delas com o governador Wilson Lima. Nesse aspecto, surge o primeiro e provável cenário para 2026:
Almeida renuncia em abril do ano eleitoral para se candidatar ao governo, fazendo dobradinha com Eduardo Braga e Wilson Lima, que também renunciaria ao mandato para disputar o Senado.
Sem acordo com Wilson, que assim cumpriria os quatro anos no governo, David Almeida manteria o compromisso de apoiar Omar Aziz para governador do Amazonas e Eduardo para o Senado, mas renunciaria para tentar uma vaga de senador ao lado de Braga.
Essa é uma equação que passa pelo senador Omar Aziz e um cenário provável.
O poder de Almeida concentra-se no fato de ter um vice no qual confia e um amigo como eventual substituto do governador. Não é pouco. Mas para manter o capital politico precisa ficar distante de escândalos.
EM TEMPO: O senador Plínio Valério (PSDB) escreve para a coluna informando que é candidatíssimo à reeleição; que desde 2019 destina emendas no valor total de R$ 500,8 milhões para investimentos das prefeituras em saúde, nos 62 municípios do Estado.
Emendas são o menos importante. Deve-se reconhecer o potencial de Plínio e as contribuições que vem dando ao Amazonas no Senado da República.
ASSUNTOS: David Almeida, Eduardo Braga, Omar Aziz, Plínio Valério´, Wilson Lima
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.