Um despacho ‘atravessado’, fruto da falta de acuidade jurídica de um ministro da corte superior do país, atirou ontem o Amazonas no abismo da insegurança jurídica, da incerteza econômica, da falta de confiança institucional e da descrença geral da população.

Quem pode governar sem saber se sua governança tem validade? E quem aceita ser governado por um governo cuja validade é duvidosa? O Amazonas ficou assim.

O ministro Ricardo Lewandowski interrompeu um processo eleitoral já tumultuado transformando-o em caos generalizado. Jogou uma bomba para cortar o oxigênio do incêndio.

O Amazonas, que já começava a respirar a esperança de uma transição pela via do povo, ficou literalmente desoxigenado e sem ter um balão reserva para prover sua respiração.

No final da manhã de ontem, o próprio ministro reconheceu a dubiedade de sua decisão e anunciou a republicação da mesma, com mais clareza. Hoje, o STF pode validar ou desvalidar a mesma.  

A REAÇÃO DE AMAZONINO

Em Manaus, diante do tumulto que se fez após o anúncio de suspensão da eleição, o candidato Amazonino Mendes publicou seu desapontamento nas redes sociais. “Esta surpreendente decisão do Supremo nos pegou todos de calças curtas. Estamos atônitos, surpresos...”

BRAGA INDIGNADO

O senador Eduardo Braga postou ontem em seu perfil no facebook uma resposta ‘indignada’ à decisão do ministro Ricardo Lewandowski, de suspender a eleição direta “que tiraria o Amazonas da crise”. 

LUIZ CASTRO PROTESTA

O deputado  Luiz Castro, candidato ao governo do Amazonas, também usou as redes sociais para protestar. Ele teme que a decisão do ministro Lewandowski traga mais instabilidade ao Amazonas e prometeu lutar por eleiçoes diretas.

REBECCA REAGE

Outra reaçãao indignada foi da deputada Rebecca Garcia, também candidata ao governo. Rebecca estranhou a decisão do ministro Ricardo Lewandoski e disse que vai lutar para que a eleiçao direta ocorra o mais breve possível e que vai trabalhar   para o equilibrio politico e econômico do Amazonas.