Direito de Resposta
Sobre nota publicada ontem nesta coluna, sob o título “O Poderoso Hissa", deputado federal Hissa Abrahão explicou os motivos que o levaram a ingressar no PDT e dissse que não mudou suas convicções em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma:
"Não mudei de partido por conta de ser contra ou favor do impeachment. O Brasil e o Amazonas saberão no dia o meu voto, que será aberto e falado. A questão política com o atual governo, que está com um processo de impeachment em andamento pelos desmandos que cometeu, é grave e deve ser avaliada com cautela, sem pressão e o calor das emoções. Estou bem à vontade no PDT. Minha convicção sobre o atual governo é muita clara, e, não é porque se muda de partido que se muda de princípios. Eu torço pelo bem do Brasil e lutarei para deixar o Brasil em boas condições. Não vou decepcionar o país ".
HENRIQUE PODE TER O APOIO DO NEGÃO
O vice-governador Henrique Oliveira, que é pré-candidato a Prefeitura de Manaus, pode ter o apoio do ex-prefeito Amazonino Mendes, que embora no PDT está insatisfeito com a chegada de Hissa Abrahão, egresso do PPS. Amazonino, que não pensa mais ser candidato, é considerado figura chave nas articulações que antecedem a formação das alianças partidárias. Na outra frente, Henrique trabalha para aumentar o tempo de exposição na tv durante o horário eleitoral. Já conseguiu o apoio do Partido das Mulheres, mas outras negociações continuam em curso.
VANESSA PREPARA PERNADA NO ZÉ
Pré-candidato a prefeito de Manaus pelo PT, o deputado José Ricardo Wendling terá pela frente uma parada dura dentro do partido e da aliança partidária. É que a senadora Vanessa Grazziotin também anda esticando as asas para se viabilizar para um novo ‘confronto’ com o prefeito Arthur Neto. A primeira vítima da senadora foi a colega de partido Alessandra Campêlo, que se ‘enxeriu’ a pré-candidata e foi logo ‘expurgada’ do partidão. Além disso, o Zé anda invadindo muito uma área que Vanessa tem como sua, os movimentos de mulheres. Se a corda quebrar, Zé Ricardo é o lado fraco.
A LEI DO RETORNO
Uma das leis que governam o universo é de Ação e Reação. Quem pratica o mal paga o mal que praticou. Na ‘onda” dos petistas em 92, que sonhavam em eleger Lula o 2º presidente da redemocratização do país, o presidente da Câmara Ibsen Pinheiro levou adiante a cassação de Fernando Collor. Um ano depois Ibsen foi vítima de outra articulação do PT, que levou à sua própria cassação por dez anos. Além de Collor, Ibsen havia liderado a CPI do Orçamento que pôs na cadeia os ‘anões do orçamento’, ganhando força no PMDB para disputar a presidência da república.
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Preocupado, Lula articulou com José Dirceu, e usando o jornalista Costa Pinto, da Veja, vazou uma “falsa prova” incriminando Ibsen com os anões. Findo o período da cassação, em 2013 Veja reconheceu o erro e publicou a correção na capa “Massacrado”. Já era tarde. Mas Dirceu e outros petistas já estão pagando; agora é o partido que vai ao cadafalso.
ASSUNTOS: Arthur Neto, Direito de resposta, Hissa Abrahão
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.