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Em nome da segurança, amazonenses abrem mão do direito à privacidade


Por Raimundo de Holanda

21/12/2024 20h33 — em
Bastidores da Política


  • Numa sociedade polarizada como a nossa, a tentação de utilizar dados registrados pelas câmeras contra opositores é imensa...

Em troca da privacidade e em nome da segurança, os amazonenses ganharam câmeras que fazem reconhecimento facial e identificam criminosos, mas também seguem nossos passos, vigiam nossas vidas, entram em nossa intimidade. 

Nos seguem, nos controlam. Nas mãos de  governos é um risco à liberdade e à democracia, porque se controlam  o cidadão, invertem o sentido do direito constitucional de ir e vir, sem ser molestado. 

A vigilância é uma forma de violação de um direito fundamental - o da individualidade, o de garantir que o cidadão não tenha  seus dados pessoais expostos ou violados.

Numa sociedade polarizada como a nossa, a tentação de utilizar dados registrados pelas câmeras contra opositores é imensa.  Você vai com seu carro para um motel - não é o meu caso - e essa é uma fotografia perigosa nas mãos de inimigos de ocasião...

Mas a sociedade, desatenta ou temendo a criminalidade, aceita. Na prática ela concede aos governos autoridade sobre suas vidas. 

Se de um lado as câmeras ajudam  a combater o crime, as violações no trânsito, de outro limita a liberdade do cidadão e  invade sua intimidade. Vale o preço ?

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ASSUNTOS: Amazonas, liberdade, Manaus, privacidade

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.