Emerson Maia partiu, 'para nunca mais, nunca mais voltar'
Emerson Maia amava a floresta e as flores do campo. ”Eu sou um índio…Pense nisso seu branco” . A poesia fluia nele com tanta força que seu grito era ouvido além do azul do Caprichoso, boi que amava. Suas composições estavam alinhadas com o presente e o futuro: Assim como em “Lamento de Raça”, Emerson desaparece em outro incêndio: o da falência da saúde pública. Estava hospitalizado para tratar uma cirrose hepática, mas sua certidão de óbito consta”complicações respiratórias”, um termo usado para maquiar a ação da Covid 19.
Ele deixa a poesia, que marcou a marujada, e como na sua inspirada “Lamento de Raça”, parte “para nunca mais, nunca mais voltar”
ASSUNTOS: Amazonas, boi garantido, caprichoso, Emerson Maia, morrre o poeta do garantido, Parintins
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.