O que os empresários de transporte coletivo estão fazendo com a cidade de Manaus é, senão um caso de polícia, de intervenção urgente do poder público nas empresas. Primeiro, para restabelecer um serviço essencial, afetado a cada semana por paradas seletivas de trabalhadores. Segundo, para garantir direitos trabalhistas de motoristas e cobradores, usados como massa de manobra pelos empresários com a conivência de um sindicato cuja representatividade começa a ser  contestada.
 
Fora a suspeita de conluio, existe uma clara intenção das empresas e do Sindicato dos Motoristas de  provocar o caos e constranger as autoridades.
 
A  questão do subsídio do  governo do Estado e Município  as empresas de transporte coletivo de  Manaus, colocada no centro do problema, na verdade representa muito pouco. Apenas    15 centavos do valor real da passagem.  Para o usuário não pagar R$ 3,15, o subsídio de R$ 2,3 milhões foi  instituído. As empresas tem ainda isenção do ICMS na compra do diesel.
 
Mesmo considerando os atrasos no repasse  do subsídio, na maioria dos casos porque as empresas não  conseguem apresentar as certidões de recolhimento de FGTS e outras garantias  trabalhistas de seus funcionários,  os empresários estão ganhando mais, lucrando mais.

Ao  reduzirem a frota na rua e  demitirem centenas de trabalhadores nos últimos dois anos, passaram a contar com o aumento da demanda de usuários. Menos ônibus, menos trabalhadores, mas com mais passageiros e o lucro crescendo.,
 
Condicionar o pagamento de salários a motoristas e cobradores ao repasse do subsídio, é uma afronta as leis trabalhistas. E um tapa na cara de uma cidade que pede respeito.
 
 “COLA MIL NA BUNDA”
 
O Sinésio Campos não gostou da manchete de um jornal local dizendo que “ALE paga R$ 247,1 mil em 370 faltas abonadas a deputados”. Da tribuna, o baixinho  fez seu protesto sui generis. “Não dá pra aceitar que digam que nós viemos aqui pra Assembleia passar cola mil na bunda e ficar sentado na poltrona pra demonstrar que é o deputado mais eficiente, porque não tem falta.” 
 
CONDENADO POR FALSIFICAÇÃO

O ex-presidente da Câmara Municipal de Coari, Iranilson da Silva Medeiros,   candidato a deputado estadual nas eleições de 2010, foi condenado pelo juiz da 8ª Zona Eleitoral de Coari, Cid da Veiga Soares Júnior, por falsificação de documento - artigo 349 do Código Eleitoral - que prevê pena de até cinco anos. O juiz condenou Iranilson a dois anos de reclusão em regime semiaberto.
 
NA MALHA DO SPC E SERASA
 
Os servidores efetivos das prefeituras do interior que fizeram empréstimos consignados estão caindo na malha do SPC/Serasa. O motivo é o atraso no pagamento dos salários por várias prefeituras, cujos prefeitos alegam falta de recursos devido a crise econômica. Ontem o deputado Dermilson Chagas disse que tem prefeito que nem bota mais os pés no seu município, com medo dos funcionários. Os atrasos já chegam a dois ou três meses e se não forem quitados até 31 de dezembro vai complicar a vida política dos prefeitos por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal.
 
A ESTREIA DE BISNETO
 
O deputado Arthur Bisneto ganhou esta semana a condição de líder da oposição na Câmara Federal. Com a viagem do líder Bruno Araújo para compromissos oficiais, Bisneto estreou na liderança com um discurso defendendo o impeachment da presidente Dilma e criticando o “desrespeito no parlamento por parte da base governista” quando tenta impedir o processo. 
 
OMAR COMEMORA

O senador Omar Aziz comemorava, na quarta-feira, a derrubada da portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério do Meio Ambiente que derrubou o defeso por dez  períodos e prejudicou pescadores artesanais do Amazonas. Aziz, no entanto, disse ser favorável ao recadastramento desses profissionais.

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O projeto que derrubou a portaria ministerial era do  deputado Silas Câmara (PSD/AM).

NÍVEIS COMPETITIVOS

Diz o ministro das Minas e Energia, senador licenciado Eduardo Braga, que as tarifas de energia só devem voltar a “níveis competitivos” em 2018. Quer dizer, no fim do mandato da atual presidente da República.  

SÓ 371 EMENDAS

Presidida pelo vereador Mário Frota (PSDB), a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara Municipal de Manaus deve apreciar, nesta quinta-feira  pelo menos 15 projetos pendentes de análise, dentre os 189 do segundo semestre, e limpar a pauta para avaliar, na próxima semana, as 371 emendas à Lei Orçamentária de 2016. Pois é, ‘so essas 371 emendas.

HOMENAGEM E CONFUSÃO
 
A Assembleia Legislativa realiza hoje o seu maior evento anual, a sessão solene de entrega da Medalha do Mérito Legislativo. Embora se trate de uma festa de agraciados, a segurança da casa será reforçada por conta da promessa de manifestações de protesto de entidades sociais. É que este ano, a escolha dos 24 deputados vai colocar no palco um mix de personalidades que vão do devotado padre Celestino Ceretta, da Sociedade Católica do Apostolado, ao ‘amado e odiado’ deputado da ultradireita Jair Bolsonaro. A indicação do líder da ‘bancada da bala’ na Câmara Federal, pelo ‘verde’ Platiny Soares já rendeu duas semanas de discussões e protestos verbais dentro e fora da Assembleia e hoje poderá se transformar no coquetel mais quente da sessão black-tie do Poder Legislativo.
 
 ECONOMIA NO LEGISLATIVO
 
O presidente Josué Neto reforçou ontem que a Assembleia alcançou a meta de economia de R$ 9 milhões com as medidas de contenção que foram adotadas desde fevereiro deste ano, e disse que fechará o ano com as “contas saudáveis”. Até fevereiro a casa continuará sob o regime de contenção de despesas, quando será feita uma nova análise da economia do Estado. Se houver melhoria na arrecadação estadual e, consequentemente, no repasse constitucional, a meta ‘aquece’. Se não, continua com o ‘cinto apertado’.