O general Augusto Heleno ficou indignado com matéria veiculada por um jornal de Rondônia, informando que ele pedira de Bolsonaro a cabeça do Ministro da Educação, Abraham Weintraub. O problema é que o general citou o Diário do Amazonas, de Manaus, como autor da matéria, que ele chama de “mentirosa e desonesta”. Na verdade o texto foi veiculado no Diário da Amazônia,  e tem como fonte os jornalistas  da Globo News, Cris Lobo e Gerson Camarote, segundo o jornal.

Fake ou não, o general, ao confundir o nome do veículo que publicou a informação, cometeu uma impropriedade . Produziu outra informação igualmente falsa, difundida pelas suas redes sociais.

É bom acreditar, até pela biografia do general, na sua versão - a de que não pediu a cabeça do ministro -  embora ele tenha feito duras criticas durante a semana  a política adotada no MEC,   dizendo que o ministério estava  “extremamente contaminado” por diferentes “ideologias” e, por isso precisava  ser “descontaminado dos dois lados”, o que é verdade.

Daí para uma interpretação dúbia, que gerou desconforto ao general, foi um passo.  Mas dessa história fica uma lição: Além do cuidado com noticiais falsas, é preciso não confundir seus autores, ou se estará contribuindo para produzir  mais desinformação.